Ô, JK,
aceite a minha homenagem
Um mineiro de coragem
Eu tenho que elogiar.
No Brasil desde o seu descobrimento
Desde o ano de 1500
Desde 21 de abril, quando aqui chegou Cabrá
Que o povo do Norte queria um abraço
Do povo do Sul, mas era um fracasso
Tinha tanto embaraço, ninguém podia passar
Eis que surge um brasileiro
Lá de Minas um mineiro
Que fez seus irmãos se abraçar.
Lá do Norte já se pode ir ao Centro
E do Centro pro Sul é um pulinho
JK fez o caminho
Deixa o povo caminhar
E a capital que vivia na praia Já vai pro sertão onde o povo trabaia
Bota fogo na fornaia
E faz esse trem viajar
O Brasil tava dormindo
Mas agora tá saindo
Do berço pra caminhar.
Agora eu sei, agora eu sei Porque o Nonô não desejou parar Um momento sequer de voar Um momento sequer de voar
É que o Nonô sem se cansar
Voou, voou até achar o caminho Pra fazer um belíssimo ninho Pra fazer um belíssimo ninho
Ouvi pardais protestando Ouvi pardais se matando Ouvi pardais se esforçando Por uma total confusão.
Mas venceu a verdade E entrou para história Quando a andorinha Brasília Surgiu com seu glorioso verão.
Para que quer você tanta fazenda
Se só usa uma calça e um paletó?
Se não quer me entregar ao menos venda
Um pedaço, um pedacinho só
E que falta lhe faz um grão de terra
Se você que é de tudo isso dono
Deixa o mato crescer
E deixa a terra sem proteção, assim ao abandono
Você ganhou de herança
o tamanho da pança
Tem tudo legalizado
Feito com muito coitado
Seu pai de quem herdou?
(Oôôôô)
Quem deixou pra seu avô?
(Oôôôô)
E o primeiro herdou de quem?
Ora de quem? De ninguém.