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81.Ei, Presidente-v3-cap-10-m81

Ei, presidente, li um dos seus livros Um best seller do socialismo Confissões, relatos sinceros Um defensor da foice e do martelo, ham Parecia, só parecia Deixou pra trás a rebeldia Pra assumir de vez a bandeira da covardia Não? Então vejamos Mal faz trinta anos que nos afastam da farda Dos soldados, dos companheiros mortos, dos exilados Dos exumados, queimados vivos Queima de arquivo Dos cemitérios clandestinos De um cidadão de nome Honestino Dos atos institucionais Do Brasil Nunca Mais Tortura e você se faz de esquecido Nega a autoria dos seus livros Se alia aos antigos inimigos por comodidade Ato cometido na quebrada só Pelos caguetas mais covardes Agora é tarde pra você O povo não quer mais te ver Caiu na real Depois do conto do real Tem até alta patente querendo antecipar seu funeral Reagir É proibido proibir, então ouve aí Terra seca, falta d'água Talvez por isso guardo tanta mágoa Dia de missa, Deus nos ajude E na fazenda dos seus amigos do congresso tem açude Construída com a verba ao município destinada A dor, o sofrimento juntos são uma porrada Civis, já foram três, do jet-ski Ao vinho francês Nossa diferença vai dar cor ao pensamento Sociólogo nojento

Isso acontece porque o presidente Não é gente, não é gente da gente (2x)

Um senhor pediu um troco, convidei-o pra sentar à mesa Disse pago tudo, menos álcool, cigarro, assim seja Sentou, contou como ingressou no vício, se emocionou Deixou mulher, filhos, venho em busca de emprego digno Levantando cedo e nada, bateu de frente com a cachaça Tem mais de ano que não manda carta, dinheiro nem se fala Horário eleitoral anuncia trabalho, cidadania, crescimento Mortalidade em baixa, eu não tô vendo Tem alto escalão e alta escala se vendendo Ei, presidente, sua popularidade não para de cair Sua assessoria diz que é fase Inverte a situação com publicidade Cria alternativas, monta um disfarce Será que dá, seu João, conhece o Faustão Nunca ouviu falar de rap Pegou a fila do Ratinho pra produção

Sua estória era leve Não comovia, volte outro dia Perto de casa tem o que o programa queria Um velho com oitenta anos Vivendo fora de seus planos Sonhava com aposentadoria

O fundo de garantia Governo Collor, tudo retido Menos da metade devolvido Vive o pesadelo Plaquinha compra ouro, plaquinha de emprego Ele é um dos que você em frente a todo mundo Chamou de vagabundo, me explica Na inauguração da Globo em São Paulo Você na primeira fila Heliópolis queimou de ponta a ponta Não consolou nenhuma família Não se comoveu com os prantos E socorreu os bancos FHC ou THC

Pro meu povo o que é pior? Sem você ano 2000 melhor Entregou o que com o suor Se construiu aqui Aos grupos internacionais, ao FMI Não vou mentir, omitir que Você não é você Você é simplesmente isso É sujo, é podre, é lixo E continua o bombardeio bela gravata Várias viagens com dinheiro alheio Terno engomado pra agradar aos estrangeiros Esposa ao lado, filhos, família Esquema essencial à sua quadrilha Caviar, champagne, jantar de negócios Os traidores da nação são quem são seus sócios Aviso aos desavisados Estamos bem organizados

Isso acontece porque o presidente ...



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