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55.Non fui ista a inrevoluçó que io sugné-v1-cap02-m55


O sóle mio Tan pronte atê Tan pronte atê non sei por que ... Malata, lascia el sole mio proprio e sossegado, vamos a fala da inrevolució:

Non fui insta a inrevoluçó que iu sugné.

Io pensaba qui aganhada a inrevoluçó a genti butava tutos chiefe dú PRP na ageladêra dú Cambuci i abuxava acqua inzima deli i dava um dirinho di (......................) na gabêza di gada uno a bolizia qui ajudiaba tanto da genti non tenia maise non tenia maise grilo

non tenia maise mó (?) no tenia maise sinalo ( ou ginelo) tomático a genti pigava o fordinho, abria o isgapamento i iba fazê o corso no Triângulo i ningué amixia com a genti nê o (...............) nê o inbestigadô cuando vigna a bequena bonita a genti butava us farole inzima della brá ispiá meliore i no tenia grilo nê ningué prá si metê com a genti

Inveize, é a messima côisa grilo, ginelo tomático, geladêra, mô i otros animalo feroze Non fui ista a revoluçó qui io sugné io sugné con una inrevoluçó qui a genti abutasse o Waxinto Luigi na vitrina co´u cavagnac di fuore brá gada uno de noise arrancá uno fiuzinho brá í afazê cócega no narize do Giuligno Bréstimo chi ficassi na ôtra vitrina com o narize també di fuore

Io esperava qui i ganhada a inrevoluçó tuttos noise isse sê diputato, senador, vereador, prisidentimo, secretário, ministrimo, etchetra, etchetra Io sugné con una inrevoluçó gú gambio batuta dólar a mile i quinientó gada uno i a lira a un tustó a dúzia una máquina di afazê dinero girando nú Largo da Sé brá genti ir abuscá us aramu cuando quisesse fazê una fezinha nu alefanto con un zero nuove Banquetos popularo cô leitó azado Pirú co´a farofa, tutú di feijó co´a linguicia i macarone co´a pomarola in goffa in tudas praça prú Zé Povo amangiare inté aribentá tutto sin pagar As bomba di gasiolina, inveise di gasiolina tenia un chopps duplo i un vigno griolino prá genti abibê ventis litro cada veise pur conta dú governimo

Cual u quê! Nada dissu!

Aganhó a inrevoluçó i a genti continua barbieri du messimo jeitigno, araspano as gara dus otro a duzentô a raspada sê toaglia i com sabón de tinta i a trezentô co´a toaglia i o sabonete du guati u gambio, tá no buraco ... dinêro, a genti nó vê maise una nota ... nê di tchinco comidas ... nô tê,

leitô ... nô tê,

pirú ... nô tê no tê nada ...

é sopa só i maise nada chope ... io nó si alembro maise si é sólido, si era líquido non fui ista a inrevoluçó qui io sugné Que inrevoluçó maise vagabonda!

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Malata, deixa o sole mio quieto e sossegado. Vamos falar da revolução. Eu pensava que, se ganhasse a revolução, a gente botava todos os chefes do PRP na geladeira do Cambuci e jogava água em cima deles. E dava uns tirinhos de ............ na cabeça de cada um. A polícia, que judiava tanto da gente, não teria mais grilo, não teria mais molho, não teria sinal automático. A gente pegava o Fordinho, abria o escapamento, e ia fazer o corso no Triângulo. E ninguém mais mexia com a gente, nem os .................., nem os investigadores, Quando vinha a pequena bonita, a gente botava os faróis em cima dela pra espiar melhor, e não tinha grilo nem ninguém para se meter com a gente.

Em vez disso, é a mesma coisa: grilo, sinal automático, geladeira, molho e outros animais ferozes. Não foi esta a revolução com que eu sonhei. Eu sonhei com uma revolução em que a gente botasse o Washington Luís na vitrina com o cavanhaque de fora para cada um de nós arrancar um fiozinho, para ir fazer cócegas no nariz do Julinho Prestes, que ficasse na outra vitrina o nariz também de fora. Eu esperava que, ganha a revolução, todos nós iríamos ser deputado, senador, vereador, presidente, secretário, ministro, etc etc. Eu sonhei com uma revolução com um câmbio batuta: dólar a mil e quinhentos cada um; e a lira a um tostão a dúzia; uma máquina de fazer dinheiro girando na Praça da Sé, para a gente ir buscar uns arames, quando quisesse fazer uma fezinha no elefante com um zero nove; banquetes populares com leitão assado, peru com farofa, tutu de feijão com lingüiça, e macarrão com tomate em caldo em todas praças para o Zé Povo comer até arrebentar, tudo de graça. Nas bombas de gasolina, em vez de gasolina, teria uns chopes duplos e um vinho ............. para a gente beber vinte litros de cada vez por conta do governo.

Qual o quê! Nada disso. Ganhou a revolução e a gente continua barbeiro do mesmo jeitinho, raspando as caras dos outros a duzentos a raspada sem toalha e com sabão de tinta, e a trezentos com a toalha e o sabonete do guati. O câmbio está no buraco, dinheiro a gente não vê mais uma nota nem de cinco. Comidas? Não tem. Leitão? Não tem. Peru? Não tem, não tem nada. É sopa só, e mais nada. Chope, eu nem lembro mais se é sólido ou era líquido. Não foi esta a revolução com que eu sonhei. Que revolução mais vagabunda. .



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