Na casa do seu Tomás
Quem grita é que manda mais
Na casa do seu Tomás
Quem grita é que manda mais
E a garotada, quando é hora do almoço
Não tem um osso e ainda quer comer demais
Tem dois casais
Na casa do seu Tomás
O primeiro é Ari, Ana
O outro Teuto e Germana
E são os tais!
Gente danada
Vive só querendo briga
Só pensa na barriga
Mas acaba tudo em paz.
Autores: Aldo Cabral e Benedito Lacerda. Intérpretes: Orlando Silva e Ismênia dos Santos. Gravadora: Victor.
Tranquiliza-te, mãezinha
Sei que vais ficar sozinha
Porém não chores assim
Soaram os clarins da guerra
Vou defender minha terra
Ela precisa de mim
Orgulhoso nesta farda
Teu filho não se acovarda
Deste tremendo clamor
Já que partir é preciso
Transforma num doce sorriso
Esse teu pranto de dor
Eu parto com a incerteza
Deixando-te esta tristeza
Que te vem roubar a calma
Sei que esta separação
Revolve o seu coração
Despedaçando-te a alma
Leio em teus olhos, mãezinha
Que o teu olhar adivinha
O que dizem os olhos meus
Esta mágoa não te solta
Mas aguarda a minha volta
Muita coragem, adeus
(Fala a mãezinha)
E pro campo da luta vai-se embora,
Em holocausto à Pátria que ele adora,
O filho que o dever cumpre estrito.
É lá que, entre o canhão e entre a metralha,
O sarcasmo da morte mais gargalha
No negro céu da boca do infinito.
E o exército humano, exausto, exangue,
Vai lavando com as glórias o teu sangue,
Do mundo, essa pantera que o destrói.
E o filho que partiu, se não voltar a quem o espera,
Em troca hão de lhe dar uma palavra de consolo: herói.
Leio em teus olhos, mãezinha
Que o teu olhar advinha
O que dizem os olhos meus
Esta mágoa não te solta
Mas aguarda a minha volta
Muita coragem, adeus.
É nossa, tem dono, e ninguém põe a mão
É nossa toda essa imensa nação
Foi Deus quem nos deu e abençoou
Essa aquarela que a natureza pintou
É grande, é rica e é bonita
Pertence a 50 milhões
E ainda tem como irmãs
Mais 20 grandes nações
Tem seu destino traçado
E tem seu acordo em comum
Um por todos
E todos por um.