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Acervo/blog

Na casa do seu Tomás

Quem grita é que manda mais

Na casa do seu Tomás

Quem grita é que manda mais

E a garotada, quando é hora do almoço

Não tem um osso e ainda quer comer demais

Tem dois casais

Na casa do seu Tomás

O primeiro é Ari, Ana

O outro Teuto e Germana

E são os tais!

Gente danada

Vive só querendo briga

Só pensa na barriga

Mas acaba tudo em paz.




Tranquiliza-te, mãezinha

Sei que vais ficar sozinha

Porém não chores assim

Soaram os clarins da guerra

Vou defender minha terra

Ela precisa de mim

Orgulhoso nesta farda

Teu filho não se acovarda

Deste tremendo clamor

Já que partir é preciso

Transforma num doce sorriso

Esse teu pranto de dor

Eu parto com a incerteza

Deixando-te esta tristeza

Que te vem roubar a calma

Sei que esta separação

Revolve o seu coração

Despedaçando-te a alma

Leio em teus olhos, mãezinha

Que o teu olhar adivinha

O que dizem os olhos meus

Esta mágoa não te solta

Mas aguarda a minha volta

Muita coragem, adeus

(Fala a mãezinha)

E pro campo da luta vai-se embora,

Em holocausto à Pátria que ele adora,

O filho que o dever cumpre estrito.

É lá que, entre o canhão e entre a metralha,

O sarcasmo da morte mais gargalha

No negro céu da boca do infinito.

E o exército humano, exausto, exangue,

Vai lavando com as glórias o teu sangue,

Do mundo, essa pantera que o destrói.

E o filho que partiu, se não voltar a quem o espera,

Em troca hão de lhe dar uma palavra de consolo: herói.

Leio em teus olhos, mãezinha

Que o teu olhar advinha

O que dizem os olhos meus

Esta mágoa não te solta

Mas aguarda a minha volta

Muita coragem, adeus.




É nossa, tem dono, e ninguém põe a mão

É nossa toda essa imensa nação

Foi Deus quem nos deu e abençoou

Essa aquarela que a natureza pintou

É grande, é rica e é bonita

Pertence a 50 milhões

E ainda tem como irmãs

Mais 20 grandes nações

Tem seu destino traçado

E tem seu acordo em comum

Um por todos

E todos por um.



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