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Acervo/blog

Falou, é isso aí, malandro

Tem que se ligar aí nesse som, tá sabendo...

Eu vou bate pá tú, pá tu batê pá tua patota

Vou batê pá tu bate pá tu

Pá batê

Vô batê pá tu, batê pá tu

Pá tu batê

Vô batê pá tu, batê pá tu

Pá tu batê

Vô batê pá tu, batê pá tu

Pá tu batê

Pá amanhã a pá não me dizer

Que eu não bati pá tu

Pá podê batê

O caso é esse

Dizem que falam que não sei o quê

Tá pá pintá ou tá pá acontecer

É papo de altas transações

Deduração, um cara louco

Que dançou com tudo

Entregação com dedo de veludo

Com quem não tenho grandes ligações

Vou batê pá tu pá tu batê …

Qual é malandro,

Vou bate pá tu pá tu batê pá tua patota

O que é que eu tô fazendo nesse disco, qualé?




Chegou a hora de acabar com os marajás...

Ouçam todis! Foi executedis o nosso presidente...

- Peraí, peraí, o que essa música tá fazendo aí? Virou flashback o disco, é flashback?

- Flashback não, porra, é tua primeira música, de 92, tá cuspindo no prato que comeu?

- Não rapá, isso aí já passou, hoje eu tô feliz, cê tá feliz? Já tamo em outra, pô!

- Que outra o que mané, cê vai censurar tua própria música do disco agora?

- Ah, tá bom, tá certo. Vai como recordação pra quem já ouviu então. E pra quem não ouviu, rola aí, DJ Frias!

Chegou a hora de acabar com os marajás...

- Ouçam todis! Foi executedis o nosso presidente. Aqui e Agora. Vamos escutar Gabriel o Pensador, principal suspeito do crime.

- Suspeito não, culpado rapá, pode falar aí que eu assumo mesmo.

- Como aconteceu a tragédia?

- Encontre ele e a mulher na rua e não resisti. Peguei uma pedaço de pau que tava no chão e aí... Atirei o pau no rato, mas o rato não morreu. Dona Rosane admirou-se do ferrão três-oitão que apareceu

Aaaaii

Minha gente ...

Todo mundo bateu palma quando o corpo caiu

Eu acabava de matar o presidente do Brasil

Fácil, um tiro só, bem no olho do safado

Que morreu ali mesmo, todo ensanguentado

Quê? Saí voado com a polícia atrás de mim

E enquanto eu fugia eu pensava bem assim:

“Tinha que ter tirado uma foto na hora em que o sangue espirrou

Pra mostrar pros meus filhos, que lindo, pô”

Eu tava emocionado mas corri pra valer

E consegui escapar, ha, tá pensando o quê?

E quando eu chego em casa o que eu vejo na TV

Primeira dama chorando perguntando: “Por que?

Ah, Dona Rosane, dá um tempo, não enche, não fode

Não é de hoje que seu choro não convence

Mas se você quer saber porque eu matei o Fernandinho

Presta atenção, sua puta, escuta direitinho

Ele ganhou a eleição e se esqueceu do povão

E uma coisa que eu não admito é traição

Prometeu, prometeu, prometeu e não cumpriu

Então eu fuzilei, vá pra puta que o pariu

É podre sobre podre essa novela, é Magri, é Zélia

É Alceni com bicicleta e guarda-chuva

LBA, Previdência, chega dessa indecência

Eu apertei o gatilho e agora você é viúva

E não me arrependo nem um pouco do que eu fiz

Tomei uma providência que me fez muito feliz

Hoje eu tô feliz! (Minha gente!)

Hoje eu tô feliz, matei o presidente!

Eu tô feliz demais, então fui comemorar

A multidão me viu e começou a festejar

(É Pensador, é Pensador, é Gabriel o Pensador)

Me carregaram nas costas, a gritaria não parou

Eu disse “Eu sou fugitivo, gente, não grita o meu nome por favor!”

Ninguém me escutou e a polícia me encontrou

Tentaram me prender mas o povo não deixou

(O povo unido jamais será vencido)

Uma festa desse tipo nunca tinha acontecido

Tava muito demais, alegria e tudo em paz

E ninguém vai bloquear nosso dinheiro nunca mais

Corintiano e Palmeirense, Flamenguista e Vascaíno

Todos juntos com a bandeira na mão, cantando o hino

(Ouviram do Ipiranga às margens plácidas

De um povo heroico o brado retumbante)

E começou o funeral e o povo todo na moral

Invadiu o cemitério numa festa emocionante

Entramos no cemitério cantando e dançando

E o presidente estava lá, já deitado, nos esperando

Todos viram no seu olho a bala do meu três oitão

E em coro elogiamos nosso atleta no caixão:

(Bonita camisa, Fernandinho!

Bonita camisa, Fernandinho!

Bonita camisa, Fernandinho!

Você nessa roupa de madeira tá bonitinho!)

E como sempre lá também tinha um grupo mais exaltado

Então depois de pouco tempo o caixão foi violado

O defunto foi degolado e o corpo foi queimado

Mas depois não vi mais nada porque eu já tava cercado de mulheres

E aquilo me ocupou

(Ai, deixa eu ver seu revólver, Pensador!)

Então eu vi um pessoal numa pelada diferente

Jogando futebol com a cabeça do Presidente

E a festa continuou nesse clima sensacional

Foi no Brasil inteiro um verdadeiro carnaval

Teve um turista que estranhou tanta alegria e emoção

Chegando no Brasil me pediu informação:

(O Brasil foi campeão? Tá todo mundo contente!)

Não amigão, é que eu matei o presidente!

Hoje eu tô feliz! (Minha gente!)

Hoje eu tô feliz, matei o presidente!

E o velório vai ser chique, sem falta eu tô lá

Ouvi dizer que é o PC que vai pagar

Hoje eu tô feliz! (Minha gente!)

Hoje eu tô feliz, matei o presidente!



Alonzanfan de la Patri

Gente do general Zumbi,

De Aimberê, de Quilombo

E Canudos debaixo de pau

Juruna, depois Raoni,

Zuzu, Manoel, Vladimir

Capitão Corisco

Antonio Conselheiro

Fulanos de tal

Folias de Reis, cururu

Bumba-meu-boi, maracatu

Maculelê, tonta, lundo,

Samba, cateretê, carimbó

Catopé, jongo, caiapó

Do galope à beira do mar,

Ciranda, congada, moda de viola

De papo pro ar

Canta meu Brasil

Na voz da ralé

Português, Tupi, Guarani,

Carajá, Iorubá, Caeté,

Moçambique, Angola, Guiné

Mulata da cor de café

Quebra o coco no candomblé

Bate de mão

Bate de pé



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