Falou, é isso aí, malandro
Tem que se ligar aí nesse som, tá sabendo...
Eu vou bate pá tú, pá tu batê pá tua patota
Vou batê pá tu bate pá tu
Pá batê
Vô batê pá tu, batê pá tu
Pá tu batê
Vô batê pá tu, batê pá tu
Pá tu batê
Vô batê pá tu, batê pá tu
Pá tu batê
Pá amanhã a pá não me dizer
Que eu não bati pá tu
Pá podê batê
O caso é esse
Dizem que falam que não sei o quê
Tá pá pintá ou tá pá acontecer
É papo de altas transações
Deduração, um cara louco
Que dançou com tudo
Entregação com dedo de veludo
Com quem não tenho grandes ligações
Vou batê pá tu pá tu batê …
Qual é malandro,
Vou bate pá tu pá tu batê pá tua patota
O que é que eu tô fazendo nesse disco, qualé?
Autor: Gabriel o Pensador. Intérprete: Gabriel o Pensador. Gravadora: Chaos/Sony Music. LP: Gabriel O Pensador (1993).
Chegou a hora de acabar com os marajás...
Ouçam todis! Foi executedis o nosso presidente...
- Peraí, peraí, o que essa música tá fazendo aí? Virou flashback o disco, é flashback?
- Flashback não, porra, é tua primeira música, de 92, tá cuspindo no prato que comeu?
- Não rapá, isso aí já passou, hoje eu tô feliz, cê tá feliz? Já tamo em outra, pô!
- Que outra o que mané, cê vai censurar tua própria música do disco agora?
- Ah, tá bom, tá certo. Vai como recordação pra quem já ouviu então. E pra quem não ouviu, rola aí, DJ Frias!
Chegou a hora de acabar com os marajás...
- Ouçam todis! Foi executedis o nosso presidente. Aqui e Agora. Vamos escutar Gabriel o Pensador, principal suspeito do crime.
- Suspeito não, culpado rapá, pode falar aí que eu assumo mesmo.
- Como aconteceu a tragédia?
- Encontre ele e a mulher na rua e não resisti. Peguei uma pedaço de pau que tava no chão e aí... Atirei o pau no rato, mas o rato não morreu. Dona Rosane admirou-se do ferrão três-oitão que apareceu
Aaaaii
Minha gente ...
Todo mundo bateu palma quando o corpo caiu
Eu acabava de matar o presidente do Brasil
Fácil, um tiro só, bem no olho do safado
Que morreu ali mesmo, todo ensanguentado
Quê? Saí voado com a polícia atrás de mim
E enquanto eu fugia eu pensava bem assim:
“Tinha que ter tirado uma foto na hora em que o sangue espirrou
Pra mostrar pros meus filhos, que lindo, pô”
Eu tava emocionado mas corri pra valer
E consegui escapar, ha, tá pensando o quê?
E quando eu chego em casa o que eu vejo na TV
Primeira dama chorando perguntando: “Por que?
Ah, Dona Rosane, dá um tempo, não enche, não fode
Não é de hoje que seu choro não convence
Mas se você quer saber porque eu matei o Fernandinho
Presta atenção, sua puta, escuta direitinho
Ele ganhou a eleição e se esqueceu do povão
E uma coisa que eu não admito é traição
Prometeu, prometeu, prometeu e não cumpriu
Então eu fuzilei, vá pra puta que o pariu
É podre sobre podre essa novela, é Magri, é Zélia
É Alceni com bicicleta e guarda-chuva
LBA, Previdência, chega dessa indecência
Eu apertei o gatilho e agora você é viúva
E não me arrependo nem um pouco do que eu fiz
Tomei uma providência que me fez muito feliz
Hoje eu tô feliz! (Minha gente!)
Hoje eu tô feliz, matei o presidente!
Eu tô feliz demais, então fui comemorar
A multidão me viu e começou a festejar
(É Pensador, é Pensador, é Gabriel o Pensador)
Me carregaram nas costas, a gritaria não parou
Eu disse “Eu sou fugitivo, gente, não grita o meu nome por favor!”
Ninguém me escutou e a polícia me encontrou
Tentaram me prender mas o povo não deixou
(O povo unido jamais será vencido)
Uma festa desse tipo nunca tinha acontecido
Tava muito demais, alegria e tudo em paz
E ninguém vai bloquear nosso dinheiro nunca mais
Corintiano e Palmeirense, Flamenguista e Vascaíno
Todos juntos com a bandeira na mão, cantando o hino
(Ouviram do Ipiranga às margens plácidas
De um povo heroico o brado retumbante)
E começou o funeral e o povo todo na moral
Invadiu o cemitério numa festa emocionante
Entramos no cemitério cantando e dançando
E o presidente estava lá, já deitado, nos esperando
Todos viram no seu olho a bala do meu três oitão
E em coro elogiamos nosso atleta no caixão:
(Bonita camisa, Fernandinho!
Bonita camisa, Fernandinho!
Bonita camisa, Fernandinho!
Você nessa roupa de madeira tá bonitinho!)
E como sempre lá também tinha um grupo mais exaltado
Então depois de pouco tempo o caixão foi violado
O defunto foi degolado e o corpo foi queimado
Mas depois não vi mais nada porque eu já tava cercado de mulheres
E aquilo me ocupou
(Ai, deixa eu ver seu revólver, Pensador!)
Então eu vi um pessoal numa pelada diferente
Jogando futebol com a cabeça do Presidente
E a festa continuou nesse clima sensacional
Foi no Brasil inteiro um verdadeiro carnaval
Teve um turista que estranhou tanta alegria e emoção
Chegando no Brasil me pediu informação:
(O Brasil foi campeão? Tá todo mundo contente!)
Não amigão, é que eu matei o presidente!
Hoje eu tô feliz! (Minha gente!)
Hoje eu tô feliz, matei o presidente!
E o velório vai ser chique, sem falta eu tô lá
Ouvi dizer que é o PC que vai pagar
Hoje eu tô feliz! (Minha gente!)
Hoje eu tô feliz, matei o presidente!
Autor: Carlinhos Vergueiro e J. Petrolino. Intérprete: Idem. Gravadora: Opus Columbia/CBS. LP: Felicidade.
Alonzanfan de la Patri
Gente do general Zumbi,
De Aimberê, de Quilombo
E Canudos debaixo de pau
Juruna, depois Raoni,
Zuzu, Manoel, Vladimir
Capitão Corisco
Antonio Conselheiro
Fulanos de tal
Folias de Reis, cururu
Bumba-meu-boi, maracatu
Maculelê, tonta, lundo,
Samba, cateretê, carimbó
Catopé, jongo, caiapó
Do galope à beira do mar,
Ciranda, congada, moda de viola
De papo pro ar
Canta meu Brasil
Na voz da ralé
Português, Tupi, Guarani,
Carajá, Iorubá, Caeté,
Moçambique, Angola, Guiné
Mulata da cor de café
Quebra o coco no candomblé
Bate de mão
Bate de pé