Quando minha sinhô me disse Pai Francisco, venha cá Vai buscar papel e tinta Que você vai se forrá E iô ficô tudo sarapantado Como uma gambá quando cai no merado (melado) Uiaiuê, uiaiuauá, minha senhora, venha, venha, venha cá – Nossa Senhora, olha a crioula como tá assanhada! Quando minha sinhô me disse Pai Francisco, venha cá Vai buscar tua roupa branga Que você vai se casá E iô ficô tudo sarapantado ... Quando iô vim da minha terra Iô comia bom peru Chega na terra de brango Carne seca com angu E iô ficô tudo sarapantado ... – Ui, minha nega, he, he, he, he, he. Olha a nega como tá assoviando pra mim, meu Deus! Brango disse que negro fruta Negro fruta com rezão Mas o brango também fruta Com unha de gavião E iô ficô tudo sarapantado ...
Pai José em sua terra Ele era capitão Hoje em terra de branco Escravo chapinha Pai José é ladrão Sinhá moça que tá escutando Que tá na jinela Que tá maginando Ê olá, o batuque na cozinha Mãe Maria Camundá Pai José em sua terra Ele tinha su amô Hoje em terra de branco Escravo chapinha Pai José mata feitô Sinhá moça que tá escutando ... Pai José em sua terra Ele tinha sua muié Hoje em terra de branco Escravo chapinha Pai José dorme em pé Sinhá moça que tá escutando .
I (Araraquara) Quando mia sinhô me disse: — Pá (i) Francisco, venha cá; Vá lá na sanzalaria Zicuiêra (recolher) us criurinho. (refrão) Eu fiquei todo espantarado Como gambá que caiu no laço! Seu bem me dizia (3x) Que eu havia de pagá! II (S. Paulo) Quando mia sinhô me disse: — Pai Francisco, venha cá; Vai chama sua feitô Que tu tá para apanhá,