Se o rei zulu já não pode andar nu
Se o rei zulu já não pode andar nu
Salve a batina do bispo Tutu
Salve a batina do bispo Tutu
Ó Deus do céu da África do Sul
Do céu azul da África do Sul
Tornai vermelho todo sangue azul
Tornai vermelho todo sangue azul
Já que vermelho tem sido
Todo sangue derramado
Todo corpo
Todo irmão chicoteado, yê
Senhor da selva africana
Irmã da selva americana
Nossa selva brasileira de Tupã
Senhor irmão de Tupã fazei
Com que o chicote seja por fimpendurado
Revogai da intolerância a lei
Devolvei o chão a quem no chão
Foi criado
Ó Cristo reibranco de Oxalufã.
ÓCristo rei branco de Oxalufã
Zelai por nossa negra flor pagã
Zelai por nossanegra flor pagã
Sabei que o papajá pediu perdão
Sabei que o papa já pediu perdão
Varrei do mapa toda ingratidão
Varrei do mapa toda ingratidão
Autores: Milton Nascimento e Marco Antônio Guimarães. Intérprete: Milton Nascimento. Gravadora: Barclay/Ariola. LP: Encontros e despedidas.
- A próxima música que a gente vai tocar chama-se Lágrima do Sul, que a gente fez em homenagem a Winnie Mandela, contra todas essas atrocidades e barbaridades na África do Sul. E contra o racismo. Lá, em todos os lugares, inclusive aqui. Qualquer espécie de racismo.
Reviver
Tudo o que sofreu
Porto de desesperança e lágrima
Dor de solidão
Reza pra teus orixás
Guarda o toque do tambor
Pra saudar tua beleza
Na volta da razão
Pele negra, quente e meiga
Teu corpo e teu suor
Para a dança da alegria
E mil asas pra voar
Que haverão de vir um dia
E que chegue já, não demore não
Hora de humanidade, de acordar
Continente e mais
A canção segue a pedir por ti
África, berço de meus pais,
Ouço a voz de seu lamento
De multidão
Grade e escravidão
A vergonha dia a dia
E o vento do teu sul
É semente de outra história
Que já se repetiu
A aurora que esperamos
E o homem não sentiu
Que o fim dessa maldade
É o gás que gera o caos
É a marca da loucura
E África, em nome de Deus,
Cala a boca desse mundo
E caminha, até nunca mais
A canção segue a torcer por nós
Autores: Ythamar Tropicália e Rey Zulu. Intérprete: Banda Reflexus. Gravadora: EMI-Odeon. LP: Reflexu’s da Mãe África.
Batalhas e conflitos
Vítimas de sofrimentos
Sou eu, negro bonito
Desabafando meus sentimentos
De geração em geração
Que é discriminado o negão
E hoje somos cultura
Nosso grito de força é a nossa união
Tire, tire o chapéu e levante a mão
Tire, tire o chapéu e levante a mão
Diga não ao apartheid
Liberte Mandela
Nosso grande irmão