Hoje em dia é voz corrente
Acabou-se a suadela
Por que, nosso presidente,
Não há mais febre amarela
Entornou-se todo o caldo
E o mosquito já não grita
Porque o grande mestre Oswaldo
Vai dar cabo da maldita
E o istrogomia foi de embrulho,
Foi de embrulho a faciata
Um manata fez barulho,
Arrumou-lhe a grande lata
Diz o Oswaldo da amarela
Que lhe tira o seu topete
Antes de 7 de março
De 1907
(Ri)
Só em compras fez o Oswaldo
O soberbo figurão
Ratos 300 réis
Camundongos a tostão
Hoje todo vale cobre
E o micróbio não dá grito
Porque o Oswaldo anda comprando
Esqueleto de mosquito
E o istrogomia fez barullho,
Foi de embrulho a faciata,
Um manata fez barulho,
Arrumou-lhe a grande lata
Diz Oswaldo da amarela
Que lhe tira o seu topete
Antes de 7 de março
De 1907
(Ri)
Se ela acaba ou não acaba
Se apertarmos suas varetas
Mas o caso do micróbio
Eu estou vendo as coisas pretas
Quero o tal mata-mosquito
Pra que não se faça feio
Que se bote escarradeira
Que tem mais de metro e meio
E o istrogomia foi de embrulho,
Foi de embrulho a faciata
Um manata fez barulho,
Arrumou-lhe a grande lata
Diz Oswaldo da amarela
Que lhe tira o seu topete
Antes de 7 de março
De 1907
(Risos)
Anda o povo acelerado com horror a palmatória
Por causa dessa lambança da vacina obrigatória
Os manatas da sabença estão teimando desta vez
Em meter o ferro a pulso bem no braço do freguês
E os doutores da higiene vão deitando logo a mão
Sem saberem se o sujeito quer levar o ferro ou não
Seja moço ou seja velho, ou mulatinha que tem visgo
Homem sério, tudo, tudo leva ferro, que é servido.
Bem no braço do Zé Povo, chega um tipo e logo vai
Enfiando aquele troço, a lanceta e tudo o mais
Mas a lei manda que o povo e o coitado do freguês
Vá gemendo na vacina ou então vá pro xadrez
Contam um caso sucedido que o negócio tudo logra
O doutor foi lá em casa vacinar a minha sogra
A velha como uma bicha teve um riso contrafeito
E peitou com o doutor bem na cara do sujeito
E quando o ferro foi entrando fez a velha uma careta
Teve mesmo um chilique eu vi a coisa preta
Mas eu disse pro doutor: vá furando até o cabo
Que a senhora minha sogra é levada dos diabos
Tem um casal de namorados que eu conheço a triste sina
Houve forte rebuliço só por causa da vacina
A moça que era inocente e um pouquinho adiantada
Quando foi para pretoria já estava vacinada
Eu não vou nesse arrastão sem fazer o meu barulho
Os doutores da ciência terão mesmo que ir no embrulho
Não embarco na canoa que a vacina me persegue
Vão meter ferro no boi ou nos diabos que os carregue.
Anda um certo fato
Neste Rio de Janeiro
Correm tantos boatos
Que circulam o mundo inteiro.
Agora há nessa época
De tantas revoluções
O quadro que nos inspira
É o das tais eleições.
(fala)
- Ora, (................)
- Porque quem foi eleito foi o Sr. Fulano dos Anzóis Carapuça etc e tal, General.
- E o outro não?,
- Senhor, quem foi eleito foi o Sr. Dos Anzóis Carapuça etc. e tal, Civil.
- Ora, senhor, eu então entro no meio dessas conversações e discussões.
- Meus camaradas, sabe quem foi eleito? Fui eu. Pelo Estado Maior da cidade de Bananeiras, onde eu sou vereador municipal, sou intendente, e sou general, sou comandante das Forças de Operações. Onde os sujeitos ficam todos babosos pela minha alta posição e eu saio rindo.
(Ri)
Ah! Ah! Ah!
Eh! Eh! Eh!
Ó que grandes toleirões
Ah! Ah! Ah!
Eh! Eh! Eh!
Acreditam em eleições.
Ah! Ah! Ah!
Eh! Eh! Eh!
Isso não passa de brincadeira
Ah! Ah! Ah! Ah! Ah!
Eleições são verdadeiras.
(Ri e fala)
ah, ah, ah, ah. Eleições nada... Se houvesse eleições sérias, minha vó seria ministra da Guerra.
Se houvesse eleições que fossem sérias
Eu então diria prum certo vereador:
Meu compadre, por amizade,
Seria um grande doutor
Haveria de ser contente
O nosso presidente
E então lá do Palácio
Ah! Ah! Ah!
Eh! Eh! Eh!
Ele ia comandar o povo
Ah! Ah! Ah! Ah! Ah! Ah! Ah!
Um tantinho de eleição
Ih! Ih! Ih!
Ih! Ih! Ih!
E fazia tudo novo
Ah! Ah! Ah! Ah! Ah! Ah! Ah!
(Fala)
Faz uma idéia do meu compadre, que é lá do Piancó, como presidente do Palácio. Que coisa bonita não fazia…
Vai de carruagem só
Pela rua, então, então
A fazer o seu bonito
Fon, fon, fon
Fon, fon, fon
E um tal de automóvel
Pela rua a passear
Saiu andando na avenida
Que o povo chama Centrá
(Fala)
- E eu então todo recostado ao lado do meu compadre presidente.
- E eu como ministro, já sabe? Foi nas eleição que fui eleito, embora fosse a cacete, ou a pedrada, não sei. Fui eleito sem ser reconhecido avulso. Porque meus camarada lá em Piancó, de cada família lá por trás, na casa da filha do (............), tem um compadre que também foi eleito. Então quando ele passa por mim me cumprimenta:
O compadre como vai
Ah! Ah! Ah!
Cumprimenta bem contente
Eh! Eh! Eh!
Agora vereador
Ah! Ah! Ah!
Mais tarde sou presidente
Eh! Eh! Eh!