Sobe, sobe, perna mole,
Faça força, vai cair
O poleiro é meio alto
Faça força, pra subir
Chegando no alto
Do tal poleiro
Quem irá mostrar-nos
Onde está o tal cruzeiro?
(Ué, seu Zé, vem ou não vem o tal cruzeiro? Eu sou é quero é ver a cara dele)
Vamos, vamos, seu Tonico,
Tem um Prestes a subir
O poleiro é reforçado
Mas só um lá pode ir
Chegando no alto
Do tal poleiro
Quem irá mostrar-nos
Onde está o tal cruzeiro?
(Qual, eu tô vendo que esse tal cruzeiro vai acabar em cruzados).
Jararaca (fala) — Viva o nosso presidente do Clube Recreativo 15 de Novembro! — Viva! Washington Luís (fala) — Eu agradeço penhorado a manifestação que vós acabeis de me fazer. Meus senhores, minhas senhoras, senhoritas e petits enfants. A Comissão composta dum só membro, que é eu, arresorveu escolher dentro das misse mais cotada e mais decotada aqui presente, que ambiciona o arto título de Miss Catete, mademoiselle Júlio Prestes, fazendo votos pra que ela preste os seus serviços à pátria como eu e não se preste a fazer empréstimo que não preste. (Ehhh!) Paulista da minha terra, Que segue as minhas pegada, Abrindo e fechando estrada Nas margem do Tieté, Eu só queria saber Proquê é que o povo diz Que só vai dar Júio Prestes despois de Óshington Luis.Vou demonstrar pros mineiro Que nós é bem brasileiro. São Paulo nunca se esconde, Paulista não compra bonde, São Paulo é que dá café. São Paulo não baixa as cristas, Eu falo como paulista, Paulista véio de guerra, Paulista da nossa terra, Paulista de Macaé. (Ehhh!!!) Antônio Carlos (fala) — Seu Estradanha, tudo isso que você disse aí é mentira: mineiro compra bonde, mas vende os reboque aos paulista. Mineiro de Barbacena, Da terra do leite grosso, Que planta milho em caroço Pras formiguinha comer, Que conta as suas potoca Sentado junto à engenhoca, Enquanto houver mandioca Mó de a bichinha moer. Eu só queria era só Mineiro que não entrosa Poder provar presses prosa Que o queijo inda não bichou. Preles não rir dos mineiro, Que também é brasileiro, Antônio Carlos em campanha da Aliança Liberal.
Vancê conhece o palacete Do Catete, O mais rico do país, É lá dentro, soberano, há três ano, Doutor Óxiton Luís.
Tem salão e tem salinha, Bonitinha, Um jardim cheio de flor. Nas recepução de gala Pelas sala, Fica ansim De engrossadô.
Farta somente um ano e meio, Eu bem o sei-o, Para o dono se mudar. Quer por ali fazer seu ninho Seu Toninho, Que é de Minas maiorá.
Mas seu Julinho, que é paulista, Tem as vista Nessa mesma habitação. É amigo do barbado, Tá cotado Pra vencer nas eleição.
E o Tonico tem o queijo O seu desejo, Qué cumpri, dê no que dé Mas o tal de seu Julinho De mansinho Vai pagando pro café
Um deles dois tem que í simbora, Dando o fora, Pra que tudo acabe em paz Pro mó de quê no Palacete do Catete, Um é bom, Dois é demais.