I (Araraquara) Quando mia sinhô me disse: — Pá (i) Francisco, venha cá; Vá lá na sanzalaria Zicuiêra (recolher) us criurinho. (refrão) Eu fiquei todo espantarado Como gambá que caiu no laço! Seu bem me dizia (3x) Que eu havia de pagá! II (S. Paulo) Quando mia sinhô me disse: — Pai Francisco, venha cá; Vai chama sua feitô Que tu tá para apanhá,
Quando eu vim da mia terra Mi chamava capitão Mas hoje em terra di branco ... Puxa enxada, pai João Eu era sinhô dotô Home di grande sabença, Hoje Pai João só servi Pra vendê correspondença! ... A princesa de Benguela Qu’inda é parenta minha Sinhá moça stá chamando Oh! Diabo di nigrinha!
Sinhô príncipe rê Congo Co sua nome tamanho, Veio pra terra di branco Si chamá negro din ganho
Quando iô tava na minha tera, Iô chamava Capitão Chega na tera dim baranco, Puxa enxada – Pai João. (Le, le, le, la, la, Ri, la, la, la, ro, Chega na tera dim baranco, Puxa enxada – Pai João.) Quando iô tava na minha tera, Comia muita garinha, Chega na tera dim baranco, Carne seca com farinha (Le, le, le, la, la...)
Quando iô tava na minha tera Iô chamava generá, Chega na tera di baranco, Pega o cêto vai ganhá. (Le, le, le, la, la...) Dizofôro dim baranco Nô si póri aturá. Tá comendo, tá drumindo, Manda negro trabaiá. (Le, le, le, la, la...) Baranco – dize quando móre Jezuchrisso que levou, E o pretinho quando móre, Foi cachaça que matou. (Le, le, le, la, la...)
Quando baranco vai na venda Logo dizi tá ‘squentáro, Nosso preto vai na venda, Acha copo, tá viráro. (Le, le, le, la, la...) Baranco dizi – preto fruta, Preto Nosso preto fruta garinha, Fruta saco de feijão, Sinhô baranco quando fruta Fruta prata e patacão (Le, le, le, la, la...) Nosso preto quando fruta Vai pará na correção Sinhô baranco quando fruta Logo sai sinhô barão. (Le, le, le, la, la...)ruta cô rezão Sinhô baranco também fruta Quando panha casião. (Le, le, le, la, la...)