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08. Leilão-v1-cap01-anexo 01-m08

  • Foto do escritor: Claudio Martins
    Claudio Martins
  • 20 de jun. de 2021
  • 1 min de leitura

Atualizado: 10 de jul. de 2021



De manhã cedo, num lugar todo enfeitado

Nóis ficava amuntuado

Pra esperá os compradô

Dispois passava pela frente do palanque

Afincado ao pé de um tanque

Que chamava bebedô

E nesse dia minha véia foi comprada

Numa leva separada

Prum sinhô mocinho ainda

Minha véinha era a flô dos cativeiro

Era inté mãe de terreiro

Da família dos Cambinda

No mesmo dia em que levaram a minha preta

Me botaram nas grieta

Que é pro mó de eu não fugir

E desde então o preto véio a percurô

Ficô véio como eu tô

Mas como é grande esse Brasil

E quando veio de Isabé as alforria

Percurei mais quinze dias

Mas a vista me fartô

Só peço agora que me levem, siá Isabel

Quero ver se tá no céu

Minha véia, meu amor...

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