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72.Xote bandeiroso-v2-cap-08-m72


Ai! Meu Deus! Essa máquina aperreia (Que aperriação) Passo o tempo trabalhando Em completa agonia Em total escravidão Mas eu já nem penso mais Em voltar pro meu sertão (Nhãonhãonhão, Em voltar pro meu sertão) Quando eu vim Lá do Nordeste Eu era cabra da peste Patola e folgazão Trabalhando noite e dia Nem sabia que existia O índice de produção Os ome lá da indústria Era cheio de astúcia E de muita ilustração O patrão apoquentava E quanto mais eu trabalhava Menos eu tinha razão Eles vinha e dizia: Severino, seu destino É ser o orgulho da Nação Se mostrar para o Brasil Inté na televisão Hora extra, mais apreço Tudo isso a baixo preço Era a competição E entonce eu fui eleito O Operário Padrão (Nhãonhãohão, O Operário Padrão) Ai! Meu Deus! O mundo dá tantas volta (Velho mundão) Na conversa com os amigo Eu fui vendo os perigo Recebendo informação E hoje eu nem Quero lembrar Dos tempo de servidão (Nhãonhãonhão, Dos tempos de servidão) Minha vida de pelego Se mudou c’o desemprego C’os tempos de recessão A fome foi apertando E em cada emprego que arrumava Mudei minha posição Da imprensa perdi o medo Na prensa perdi o dedo Fui ganhando instrução Sempre bom cabra-da-peste Botei medo na Fiesp Firme na negociação Eles ainda me dizem: Severino, bom menino,

Deixa de subversão Tu acaba na cadeia Teu lugar é no formão Mas eu tenho confiança Que esse Brasil criança

Um dia ainda vai ver Cada um se eleger O Operário Patrão (Nhãonhãonhão, O Operário Patrão)




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