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15.Tawanará-v3-anexo-10-m15

Laço de índio eu vi, menino Virando lenda, picando limbo Pintando corpo com alma e festa Eu vi, eu vi, eu vi Vi curumim comer curimã Correr na manhã, esconder do fim Tocando uma pan para os passarinhos Eu vi, eu vi, eu vi

Pois passarinho é pra cantar Ó, menino Passarinho é pra voar Pois passarinho é pra voar Ó, menino Passarinho é pra cantar

Vi armar uma arapuca Com a isca do progresso Quem comer desse feitiço Desconhece o seu lugar

É isso que se tem pra dar

Ó, menino

O tal do civilizado

Na madrugada pega a poronga Sai na picada riscando o tronco Da seringueira, mãe da floresta Eu vi, eu vi, eu vi Vi o empate na derrubada A motosserra ficou calada Salvar a mata, salvar a pátria Eu vi, eu vi, eu vi

A morte defendendo a vida Ó, menino A morte de quem quer a vida A morte de quem quer a vida Ó menino A morte defendendo a vida

Um soldado que virou Seringueiro sem valor Hoje a pátria que conhece É a mata que restou A guerra não acabou por lá Ó, menino Pra quem vive e defende a terra







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