22.Xingu-v2-anexo-08-m22
Autores: João Nogueira e Paulo César Pinheiro. Intérprete: João Nogueira. Gravadora: RCA Victor. LP: Pelas terras do pau-brasil.
Pintado com tinta de guerra o índio despertou
Raoni cercou
Os limites da aldeia
Bordunas e arcos e flexas e facões
De repente eram mais que canhões
Na mão de quem guerreia
Caraíba quer civilizar o índio nu
Caraíba que tomar as terras do Xingu
Quando o sol resplandece os raios da manhã
Na folha, na fruta, na flor e na cascata
Reclama o pajé pra Tupã
Que o curimatã sumiu dos rios
E o uirapuru fugiu pro alto da mata
Toda a caça ali se dispersou
Ó deus Tupã
Benze a pedra verde, a muiraquitã,
E os índios estão se juntando igual jamais se viu
Pelas terras do Pau-Brasil
É Kren-akarore, Kaiabí, Kamaiurá,
É Txukarramãe, é Kretire, é Carajá
Eh! Xingu
Ouvindo o som do seu tambor
As asas do condor, o pássaro guerreiro
Também bateram se juntando ao seu clamor
Na luta em defesa do solo brasileiro
Um grito de guerra ecoou
Calando o uirapuru lá no alto da serra
A nação Xingu retumbou,
Mostrando que ainda é o índio o dono da terra
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