29.Manolita-v1-anexo-04-m29
Autores: música de Daniderff (“Manolita”), paródia de Alvarenga e Ranchinho. Intérpretes: Alvarenga e Ranchinho. Gravadora: Odeon.
Era uma tarde em Berlim
Vi uma dama que era um canhão
Com os óios apertados assim
Fia da pátria do amarelão
Um rapaz era o arvo da festa
Era o Adolfito, o toureador,
Bigodinho e cabelo na testa
Tinha uma cara que era um horror
E disse para ela, levantando o braço
Te juro, ó bela, que és um pedaço
Arça, arça, Hiroíta,
Meu coração teu será
Pra te agradar minha amada
Te darei a cruz gamada
E se essa cruz não te chegar
Três cruz eu posso te dar
Vai a cigana e verás
Que a cigana não mente jamais
Um dia veio um chamado
E o Adorfito foi a Vichy
O coração abalado de Hiroíta
Ficava ali
Benita, rival nos amores,
De Hiroíta quer se vingar
Percurou então os traidores
Que era o Judas chamado Laval
Seu Fuhrer não morre de amores por ti
Chamado por outra foi ele a Vichy
Arça, não posso acreditar
Que meu querido Adorfito
Vá um dia desprezar
O meu arroz com palito
Ele jurou com devoção
Não como mais macarrão
Vai à cigana e verás
Que a cigana não mente jamais
Traz no jornal reportagem
Que a Hiroíta não quis nem crer
Hitler perdeu a coragem
E corre o risco de enlouquecer
Adorfito, o tar mata-mouros,
De tanto medo ficou azul
Quando viu só o porte do couro
Que era o valente touro John Bull
E ficou tremendo ao deus americano
E saiu correndo que nem italiano
Pira, pira, Hiroita
Que seu dia chegará
As coisa não tá bonita
Praquelas bandas de lá
Ocê quem trouxe esse brinquedo
Já tá marela de medo
Será que ocê não pegou
Que a cigana essa vez te enganou.
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