42.Fome no Nordeste-v1-cap05-m42
As famílias tão fugindo do sertão
E os doutor não querem ver
As famílias tão morrendo no sertão
Por não terem o que comer (bis)
É de dar pena seu moço
Ver um povo assim sofrer
A seca, seu mano, é um osso
Muito duro de roer
Eu daqui faço um pedido
Através do meu baião
Aos douto, ômi intendido,
Olhai essa gente boa
Nascida no meu sertão
Não deixa essa pobre gente
Passar fome no braseiro
Pois quem nasce no Nordeste
Também nasce brasileiro
E o brasileiro, seu mano,
Sempre teve coração
Nunca deixou na desgraça
Outro brasileiro irmão
Passando fome e miséria
Padecendo no sertão
Morrendo pelas estradas
Sem nenhuma proteção
Não, não, não, não.
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