58.Tribunal de rua-v3-cap-10-m58
A viatura foi chegando devagar E de repente, de repente resolveu me parar Um dos caras saiu de lá de dentro Já dizendo, aí compadre, cê perdeu Se eu tiver que procurar cê tá fodido Acho melhor cê ir deixando esse flagrante comigo No início eram três, depois vieram mais quatro Agora eram sete os samurais da extorsão Vasculhando meu carro, metendo a mão no meu bolso Cheirando a minha mão
De geração em geração Todos no bairro já conhecem essa lição (2x)
E eu ainda tentei argumentar Mas, tapa na cara pra me desmoralizar Tapa, tapa na cara pra mostrar quem é que manda Porque os cavalos corredores ainda estão na banca Nesta cruzada de noite, encruzilhada Arriscando a palavra democrata Como um santo graal Na mão errada dos hômi Carregada em devoção
De geração em geração ...
O cano do fuzil Refletiu o lado ruim do Brasil Nos olhos de quem quer E quem me viu, único civil Rodeado de soldados Como se eu fosse o culpado No fundo querendo estar
À margem do seu pesadelo Estar acima do biotipo suspeito Nem que seja dentro de um carro importado Com um salário suspeito Endossando a impunidade À procura de respeito (Mas nesta hora) só tem (sangue quente) Quem tem (costa quente, quente, quente) Só costa quente, pois nem sempre é inteligente (Peitar) peitar, peitar (um fardado alucinado) Que te agride e ofende (pra te levar, levar, levar) Pra te levar alguns trocados (diz aí) Pra te levar, levar, levar Pra te levar alguns trocados Era só mais uma dura Resquício de ditadura Mostrando a mentalidade De quem se sente autoridade Nesse tribunal de rua Nesse tribunal
Nesse tribunal de rua
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