69.Extermínio-v3-anexo-09-m69
Crianças morrendo de fome
Sem casa, sem roupa, sem nome
Fumando, bebendo
Ou então cheirando cola
Se humilham pedindo esmola
Nas ruas fazendo baliza
Vendendo jornais
E limpando para-brisas
Baixinhos sem rumo, sem raça
Vegetam dormindo na praça
Sozinhos e desamparados pelo desamor
Perdidos em seus pesadelos
Quem passa parece não vê-los
O frio da noite escura é seu cobertor
Os grandes debates prometem um dia
Que esse problema vai se acabar
Tomara que não seja demagogia
E que o extermínio possa terminar
Nós queremos escolas, moradia e pão
A criança de agora é a futura Nação