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Acervo/blog

Como poeta e serrano

Somos para os camponeses

Quem Byron foi para os ingleses

Cícero e Sêneca para os romanos

Camões para os lusitanos

Homero pra a antiguidade

Para Atenas a cidade

Péricles e Platão orando

Somos gênios despertando

O resto da humanidade

Somos nos nossos perfis

Zoroastro, Lao Tsé,

Buda, Cristo, Maomé

Confúcio e Ramatis

De São Francisco de Assis

Herdamos a humildade

E a continuidade

Desse time venerando

Somos gênios despertando

O resto da humanidade

Nosso canto inspirador

Já atinge por completo

Desde o leigo analfabeto

Ao sábio professor

Político, artista e pastor

Freira, rabino e abade

Papa, cardeal e frade

E general de comando

Somos gênios despertando

O resto da humanidade

No Brasil estamos vendo

Políticos acomodados

Todos desacreditados

E o povão se maldizendo

Porque nada estão fazendo

Em prol da comunidade

E nesta calamidade

O país se afundando

Somos gênios despertando

O resto da humanidade

Nós somos remanescentes

Da Revolução Praieira

Da Inconfidência Mineira

Fomos fortes componentes

Assistimos Tiradentes

Morrer pela liberdade

Os carrascos da maldade

Continuam massacrando

Somos gênios despertando

O resto da humanidade

Da professora rural

Vemos a vida tacanha

O salário que ela ganha

Não dá para comprar sal

A criança é a principal

Vítima dessa crueldade

Do descaso e má vontade

De quem está governando

Somos gênios despertando

O resto da humanidade

Vemos no meio opulento

Fortunas incalculáveis

E milhões de miseráveis

Expostos ao sofrimento

Quase oitenta por cento

Da nossa sociedade

Padece dificuldade

E vinte por cento é explorando

Somos gênios despertando

O resto da humanidade

Ainda somos a voz

Que vibrou na Sabinada

Guararapes, Balaiada

Canudos e Tapajós

Com Zumbi e seus heróis

Lutamos por igualdade

Por terra e propriedade

Pra quem quer viver plantando

Somos gênios despertando

O resto da humanidade




Batista Figueiredo, Presidente

O que nos devolveu a eleição

Democraticamente diferente

Vou cantar tão jucamente

A Semana do João

Segunda dá um beijinho na criança

E no estudante grosso um bofetão

Na terça, se me não falha a lembrança

Vem Bocuse lá da França

Lhe trazer a refeição

Montado em seu cavalo

Seja baio ou alazão

Começa assim a semana do João

(Fala)

Em seu governo descobriu-se quem colocou a tal escuta no Palácio do Planalto. Foi a TV Globo, que quis gravar clandestinamente Os Trapalhões.

Na quarta vê Delfim e vê Macedo

Na quinta destitui o seu Beltrão

Na sexta aumenta o dólar em segredo

E no sábado bem cedo

Faz o cooper no Leblon

Domingo já com o script ensaiado

Grava o especial pela TV

Porém, o que não foi televisado

É que o povo desse lado

É quem paga o seu cachê

Tudo isso Silvio Santos

Não mostrou, não mostrou não

Mas essa sim foi a Semana do João

Depois que ele implantou

Duas pontes no seu coração

O Andreazza chateou-se com o João

É que nas pontes não levou a comissão




Ele não tem culpa, ele não deve nada

Ele é uma planta, tão frágil, mal cuidada

Sua cabeça está à prêmio

Anjo do mal, anjo pequeno

Bandido com razão

Ele não tem culpa, ele só quer a vida

Ele é a vergonha da pátria esquecida

Tem que roubar, tem que ser homem

Sobreviver, matar a fome

Salvar seu coração

Menino de rua, eu te conheço

Dignidade não tem preço

Menino de rua quer ser gente

Menino pobre, tão carente

Pede uma chance pra viver

Menino de rua, eu te conheço

Dignidade não tem preço

Menino, manchete de jornal

Neste país de carnaval

Não tem comida pra você

Menino de rua, eu te conheço

Dignidade não tem preço

Menino de rua quer ser gente

Menino pobre, tão carente

Pede uma chance pra viver

Menino de rua, eu te conheço

Dignidade não tem preço

Menino manchete de jornal

Neste país de carnaval

Falta comida pra você



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