A los toros,
A los toros,
A los toros, Adolfito mata-mouros
(bis)
Adolfito bigodinho era um toureiro
Que dizia que vencia o mundo inteiro
E num touro que morava em certa ilha
Quis espetar sua bandarilha.
Mas o touro não gostou da patuscada
Pregou-lhe uma chifrada.
Tadinho do rapaz!
E agora o Adolfito, caracoles,
Soprado pelos foles,
Perdeu o seu cartaz.
“Discurso pronunciado por um Deputado indignado com esse negócio de eleição.
- Tem a palavra o nobre Deputado.
- Obrigado, sr. Presidente e nobre colega, todas as sessões daqui tem sido tumultuosas. E eu desejava que essa de hoje fosse mais calma.
(Bravos, apoiado...).
- Como calma se é V. Excia. é quem faz todo o barulho?
- Perdão, colega. Eu não tenho rei na barriga, nem a sogra me corta as calças.
(Apoiado.... )
- Como julga ter V. Excia.
(Bravo, muito bem).
- Sr. Presidente mande o colega tirar o chapéu da cabeça e retirar a frase.
- Não retiro frase, nem tiro o chapéu da cabeça. Quando estou nesse tal circo de cavalinhos, tenho por norma estar à minha vontade.
(Muito bem, apoiado).
- Mas meu amigo isto aqui não é casa da sogra.
- Sr. Presidente, V. Excia. não pode estar se pronunciando assim dessa forma, respeite ao menos o decoro da casa.
- Qual decoro, qual nada. Já disse e afirmo: isto aqui não é mais do que um circo de cavalinhos!
- Protesto, protesto, já disse.
- Se isso é circo de cavalinhos, V. Excia. é o palhaço.
- Palhaço é V. Excia, que quando fala provoca riso constante das galerias.
- Sr. Presidente, V. Excia. contenha esta linguagem do pernóstico deputado.
- Pernóstico é V. Excia., que pensa dizer alguma coisa quando fala e, no entanto, só diz asneira.
- Sr. Presidente, confirmo o que disse: isto aqui é um circo de cavalinhos. Onde está a vontade de entregar o falido? Num circo de cavalinhos, a ordem é ver.
- Isto aqui anda uma anarquia medonha e para provar esta anarquia, vou ao som do violão cantar estas estrofes.
Nesse tempo de progresso
Onde tudo causa efeito
Estou aqui neste Congresso
Nada pode andar direito
Tudo berra, tudo grita,
Eles fazem arrelia
Parecendo até ser fita
De cinematografia.
Ninguém cuida do país,
Muitos deles faz reclame
No entanto a gente diz
Que avança no arame (bis)
E para mais convicção, de vencer avançar no arame
como meus nobres colegas, concluo, está ouvindo.
Em se cavando
Passa toda humanidade
Só não cava quem não pode
Por não ter habilidade. (bis)
E quem é que não dá pra esse negócio de deputado?
É uma mamata
A Nação é uma vaca
E os deputados são os bezerros
Que andam mamando na teta.
(Apoiado, muito bem...).
Grande e filantrópica é vossa consciência
Que a nação inteira de vós tudo espera
Bendita a alma o reflexo da prudência
Unificada ao título da ciência
Pois a verdade despida de quimera
Insigne do amor, gênio que tolera
O ódio, a traição, o amargor com clemência
Sejamos a ordem e o progresso em seus anos
A pátria excelsa, a agonia que entramos
Desfilando a bonança, o esplendor, o florescer
Getúlio suscetível, espírito varonil
A vós confiaremos os destinos do Brasil
Sendo todos por um no cumprimento do dever.