Essa guerra da Espanha já tá dando o que falar,
Não é mais guerra civil, é guerra internacionar
A Itália e a Alemanha os rebeldes vieram ajudar
Com soldado e munição e aviação sem iguar
Do lado dos governistas, a Rússia ajuda bastante
Fornecendo combatentes, oficiais e comandantes
Aeroplano e metralhadora, os tanques que são gigantes
A França também ajuda, embora o mundo se espante
E assim dessa maneira a fogueira não se apaga
E no coração da Espanha vai formando a grande chaga
Por causa dos poderoso. os inocentes é que paga
É fome, é dor, é peste, é sangue que parece praga
Os combates são terríveis e é grande a crueldade
Fuzilamento em massa, destruição de cidade
Nem na guerra dos selvagens se viu tanta barbaridade
Os homens viraram fera, não tem dó não tem piedade
As igrejas e os convento já tudo foi devastado
Milhares de sacerdotes pois já foram fuzilados
As imagens e os artar, tudo, tudo já foi queimado
Freira, padre e até bispo sem dó são sacrificado
A aviação de noite e dia nem um minuto descansa
Bombardeando as cidades fazendo horríver matança
Matando aos milhares, mulheres velhos e crianças
O fim da guerra tá longe, não se tem grande esperança
As vantagens dos rebeldes no princípio foi ligeira
Pois até já conquistaram quase a Espanha quase inteira
A conquista de Madri que parecia ser brincadeira
Tá custando um mar de sangue cada metro de trincheira.
Autores: Zalém e Zé do Galo. Intérprete: Bezerra da Silva. Gravadora: RGE. CD: Meu samba é duro na queda.
“Doutor, este homem é inocente
Procure saber a verdade
Não deixe que o pobre coitado perca a liberdade
O senhor aplica a lei, faz cumprir e condena
A quem de direito merecer
Mas não faça injustiça com quem não tem nada a ver
Nós, discriminados da favela
Sabemos quem é o culpado
Só os poderosos fingem não saber
É uma lei severa pro trabalhador
E outra de colher de chá e de caô-caô
Se liga, doutor
O que o favelado diz não se escreve
Sabemos disso, doutor
Não tente tapar o sol com a peneira
O senhor sabe bem quem é o vapor
Solte o pobre inocente
Prenda o filho do governador
Tá me ouvindo, doutor
É, uma lei severa pro trabalhador
E outra de colher de chá e de caô-caô
Se liga, doutor
Doutor, este homem é inocente
Procure saber a verdade
Não deixe que o pobre coitado perca a liberdade
O senhor aplica a lei, faz cumprir e condena
A quem de direito merecer
Mas não faça injustiça com quem não tem nada a ver
Nós, discriminados da favela
Sabemos quem é o culpado
Só os poderosos fingem não saber
É uma lei severa pro trabalhador
E outra de colher de chá e de caô-caô
Se liga, doutor
O que o favelado diz não se escreve
Sabemos disso, doutor
Não tente tapar o sol com a peneira
O senhor sabe bem quem é o vapor
Solte o pobre inocente
Prenda o filho do governador
Tá me ouvindo, doutor
É, uma lei severa pro trabalhador
E outra de colher de chá e de caô-caô
Se liga, doutor
Pode haver eleição lá no morro
Que o nosso presidente continua
A diretoria da escola vai mudar
Porque não quer botar o carnaval na rua
Pode haver eleição lá no morro
Que o nosso presidente continua
O presidente da nossa escola de samba
Tem trabalhado pra ver a turma sambar
Mas como sempre há meia dúzia de batuqueiros
Atrapalhando, não deixa o homem trabalhar
Não adianta oposição,
Estamos com o presidente
E ele está com a razão.