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Acervo/blog

Trabalhar, eu quero sim

Pois o trabalho faz muita falta pra mim

Quem disser que o trabalho na vida não é preciso

Está errado, não tem juízo.

Eu me levanto ao romper da madrugada

Saio de casa cheio de satisfação

Tomo o bonde, digo adeus à minha amada

(té logo, neguinho)

Vou pro trabalho, cumpro a minha obrigação

Oi, sossega, patrão.

(Trabalhar, moçada,

Trabalhar pra produzir).




Camelô, esse dono da calçada,

Na conversa bem jogada,

Vende a quem não quer comprar.

Se tivesse tido a chance de uma escola,

Muita gente de cartola

Lhe daria seu lugar.

Ele é vesgo, pois a profissão ensina

A ter um olho na esquina

E outro olho no freguês.

Assim de vez em quando ele escapa,

Gozando a cara do rapa,

Que bobeou outra vez....

Aconselho então a muito deputado

Que ganha calado

A escutar o camelô com atenção

O distinto aprenderá a falar de fato

Quando cassarem o mandato

Já tem uma profissão.

Não é? De camelô …




Eu vim aqui mendigar meu direito

Aqui me tens implorando o que é meu

Aceito tudo, eu vim por quase nada

Inteiro na tua mão

Vim suplicar tua boa vontade

Aqui me tens implorando o perdão

Cabeça baixa e com a boca fechada

Inteiro na tua mão

Na tua mão

Fui sempre quieto e pacato

E fiz sempre no ato o que você me quis

Pra não comprometer esse clima de paz entre nós

Eu também fui seu modelo

Apontado no dedo o exemplo feliz

Só para alimentar esse clima de paz entre nós

Hoje eu voltei mais aflito, é preciso

Um pouco mais que promessas de paz

Mesmo de ferro e de fogo

O seu braço já não me alcança mais

Eu quero livre viver um caminho

Eu quero junto com o povo cantar

A nossa voz junto é um desafio

Sustentado na canção

Nessa canção




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