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Acervo/blog

Tranquiliza-te, mãezinha

Sei que vais ficar sozinha

Porém não chores assim

Soaram os clarins da guerra

Vou defender minha terra

Ela precisa de mim

Orgulhoso nesta farda

Teu filho não se acovarda

Deste tremendo clamor

Já que partir é preciso

Transforma num doce sorriso

Esse teu pranto de dor

Eu parto com a incerteza

Deixando-te esta tristeza

Que te vem roubar a calma

Sei que esta separação

Revolve o seu coração

Despedaçando-te a alma

Leio em teus olhos, mãezinha

Que o teu olhar adivinha

O que dizem os olhos meus

Esta mágoa não te solta

Mas aguarda a minha volta

Muita coragem, adeus

(Fala a mãezinha)

E pro campo da luta vai-se embora,

Em holocausto à Pátria que ele adora,

O filho que o dever cumpre estrito.

É lá que, entre o canhão e entre a metralha,

O sarcasmo da morte mais gargalha

No negro céu da boca do infinito.

E o exército humano, exausto, exangue,

Vai lavando com as glórias o teu sangue,

Do mundo, essa pantera que o destrói.

E o filho que partiu, se não voltar a quem o espera,

Em troca hão de lhe dar uma palavra de consolo: herói.

Leio em teus olhos, mãezinha

Que o teu olhar advinha

O que dizem os olhos meus

Esta mágoa não te solta

Mas aguarda a minha volta

Muita coragem, adeus.




Não é nossa culpa Nascemos já com uma bênção Mas isso não é desculpa Pela má distribuição

Com tanta riqueza por aí

Onde é que está? Cadê sua fração? (bis)

Até quando esperar?

E cadê a esmola Que nós damos sem perceber

Que aquele abençoado Poderia ter sido você

Com tanta riqueza por aí...

Até quando esperar a plebe ajoelhar Esperando a ajuda de Deus (bis)

Posso Vigiar teu carro Te pedir trocados Engraxar seus sapatos (bis)

Sei Não é nossa culpa Nascemos já com uma bênção Mas isso não é desculpa Pela má distribuição

Com tanta riqueza por aí ... Até quando esperar a plebe ajoelhar Até quando esperar a plebe ajoelhar Esperando a ajuda do divino Deus




Eu soube de uma noticia, eu não sei se é certo ou não

O estado de São Paulo recebeu provocação

Do pessoar lá do Norte que é metido a valentão

Ameaçaram nosso estado de segunda invasão

Porque a primeira já foi feita nos emprego e cavação.

Agora é com soldados, metralhadoras e canhão

Só pra mor de nós paulistas querer a Constituição

O estado de São Paulo eu faço comparação

Pasto que ficou sem dono e se encheu de criação

Que vieram de outros pastos sem capim nem ribeirão

E aqui vão se engordando no meio da farturão

Sujando o lugar que come, pagam o bem com a ingratidão

Não se lembra que São Paulo é o esteio da nação

São Paulo é um trem elétrico puxando vinte e um vagão

Paulista não tem medo da chuva nem do ronco do trovão

As veiz troveja, troveja, fica só em baruião

Nortista, cuide da sua casa, faça sua obrigação

Se arme de carabina e se arme de facão

Que se arme de coragem, que se atire no sertão

Para ajudar o sertanejo que também são nosso irmão

Acabe com os cangaceiros e vá prender o Lampião.



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