top of page
Acervo/blog

Pintado com tinta de guerra o índio despertou

Raoni cercou

Os limites da aldeia

Bordunas e arcos e flexas e facões

De repente eram mais que canhões

Na mão de quem guerreia

Caraíba quer civilizar o índio nu

Caraíba que tomar as terras do Xingu

Quando o sol resplandece os raios da manhã

Na folha, na fruta, na flor e na cascata

Reclama o pajé pra Tupã

Que o curimatã sumiu dos rios

E o uirapuru fugiu pro alto da mata

Toda a caça ali se dispersou

Ó deus Tupã

Benze a pedra verde, a muiraquitã,

E os índios estão se juntando igual jamais se viu

Pelas terras do Pau-Brasil

É Kren-akarore, Kaiabí, Kamaiurá,

É Txukarramãe, é Kretire, é Carajá

Eh! Xingu

Ouvindo o som do seu tambor

As asas do condor, o pássaro guerreiro

Também bateram se juntando ao seu clamor

Na luta em defesa do solo brasileiro

Um grito de guerra ecoou

Calando o uirapuru lá no alto da serra

A nação Xingu retumbou,

Mostrando que ainda é o índio o dono da terra




O avanço da história Me deixa nervoso É um ritmo tão lento

Cadê o socialismo?

As voltas do mundo Me deixam tão tonto Eu perco o equilíbrio

Cadê o socialismo?

Meu bom comportamento Me deixa confuso Sou um mau elemento

Cadê o socialismo?

Qualquer coisa que eu faça Revela inteligência Revela competência

Cadê o socialismo?




bottom of page