Me ajudai, meu companheiro, nem que seja um bocadinho
Eu tenho um peito cansado da poeira do caminho
Avistei o trem de ferro, fui chegando na estação.
Preguntei pro maquinista o que levava no vagão
Carrego moça bonita pra matar quem tem paixão
Embarquei no trem de ferro, fui viajando no vagão
Avistei a Mariazinha no passar dum pontilhão
Coitadinha, disse adeus, com o lenço branco na mão
Na hora da despedida que cortou meu coração
Eu deixei de tatuage Ana, Rita e Conceição
De quem sinto mais sodade é Mariazinha Riachão
Na hora da despedida, a morena já chorou
Meu coração deu um balanço, o trem de ferro apitou
Mariazinha Riachão, saluçando ela ficou
Eu saí da minha terra, foi por uma obrigação
O sorteio militar me chamou, não nego, não
Pra me servir o meu Brasil, vou de todo coração
Quero ser um bom sodado, vou manejar o meu fuzil
Vou servir à minha Pátria, com orgulho varonil
Se argum dia for preciso, morrerei por ti, Brasil
Mas eu deixei de ser sambista para ser soldado
Troquei o violão por um bom fuzil
Não esperei a pátria me chamar,
E o prazer é todo meu,
Em defender o meu Brasil
(bis)
E muitas vezes precisei da Pátria
E a Pátria nunca precisou de mim
Eu sei que tenho um dever a cumprir
E todo brasileiro devem sempre ser assim.
Quando deu um estalinho
Na cabeça do cacique
O bigodinho deu
Deu um chilique (bis)
E foi assim
Que terminou o piquenique
Ele quis dar um baile
Numa tribo tupi
Mas dançou na corda bamba
Quando ouviu o Guarani
E o cacique
Que tem fibra e tem valor
Vai tocando reco-reco
Nas costelas do pintor.