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Acervo/blog

Ninguém segura mais este país

Não, ninguém segura,

Não, ninguém segura

Olha aí

Ninguém segura mais este país

O patropi é uma gostosura

De Leste a Oeste,

De Norte a Sul

Maré tá mansa

Tá tudo azul

Ninguém segura este povo genial

Que é rei do futebol

Que é rei do carnaval




Cantando estes versos eu quero falar

Com o soldado sem farda que é nosso irmão

Soldado sem farda é você lavrador

Que derrama o suor com suas próprias mãos

Soldado sem farda aqui vai um abraço

Das Forças Armadas da nossa Nação

Aceite também o abraço dos artistas

Do rádio, do disco e da televisão

Soldado sem farda que luta no campo

Com frio ou calor, isso possa ou não possa

Ninguém na cidade não existiria

Não fosse você, o soldado da roça

Com seus braços fortes, soldado sem farda

Você colhe o fruto que nasce da terra

Aceite portanto com sinceridade

O abraço da nossa Marinha de Guerra

Soldado sem farda, herói sem medalha

Aceite da classe estudantil

O abraço apertado de todo estudante

Futuros governos do nosso Brasil.

Aceite lavrador o abraço apertado

Das Forças Aéreas do nosso país

Você lavrador é um soldado sem farda

Desta nossa pátria você é a raiz

Aqui vai também o aperto de mão

E o abraço do Exército Brasileiro

Todos operários das grandes indústrias

Enviam um abraço ao soldado roceiro

Soldado sem farda, que Deus lhe abençoe,

Para continuar sempre assim sorridente

Aceite lavrador o abraço apertado

Do homem que agora é nosso presidente




Por esse pão pra comer, por esse chão pra dormir A certidão pra nascer e a concessão pra sorrir Por me deixar respirar, por me deixar existir Deus lhe pague

Pelo prazer de chorar e pelo ‘estamos aí’ Pela piada no bar e o futebol pra aplaudir Um crime pra comentar e um samba pra distrair Deus lhe pague

Por essa praia, essa saia, pelas mulheres daqui O amor malfeito, depressa, fazer a barba e partir Pelo domingo que é lindo, novela, missa e gibi Deus lhe pague

Pela cachaça de graça que a gente tem que engolir Pela fumaça, desgraça, que a gente tem que tossir Pelos andaimes, pingentes, que a gente tem que cair Deus lhe pague

Por mais um dia, agonia, pra suportar e assistir Pelo rangido dos dentes, pela cidade a zunir E pelo grito demente que nos ajuda a fugir Deus lhe pague

Pela mulher carpideira pra nos louvar e cuspir E pelas moscas-bicheiras a nos beijar e cobrir E pela paz derradeira que enfim vai nos redimir Deus lhe pague




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