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Acervo/blog

Que dor, que dor Que suja a bandeira Oi, essa quebradeira Oi isquindô, lalá (2x)

Catorze, catorze anos Doze anos, doze anos

Catorze, catorze anos Doze anos, doze anos

Catorze, catorze anos Doze anos, doze anos (2x)

A prostituição infantil barata É a criança coitadinha do Nordeste Colaborando com o Produto Interno Bruto E esse produto enterra bruto

Que dor, que dor ...



O Brasil proclamou sua independência, mas o filho do rei é que assumiu a gerência. O povo sem estudo não dá muito palpite, e a nossa república é só pra elite. (E quem faz greve o patrão ainda demite).

É pra rir ou pra chorar? O Brasil aboliu a escravidão, mas o negro da senzala foi direto pra favela. Virou um homem livre e foi pra prisão. Só que a tal da liberdade não entrou lá na cela. (E a discriminação ainda é verde e amarela). É pra rir ou pra chorar? O Brasil foi parar na mão dos militares, que calaram o povo no tempo da ditadura. Torturaram e prenderam e mataram milhares, mas ninguém foi condenado pelos crimes de tortura. (E tem até torturador lançando candidatura). É pra rir ou pra chorar? O Brasil conseguiu as eleições diretas, mas a gente que vota ainda é semianalfabeta. O Collor foi eleito e roubou até cansar. O povo deu um jeito de cassar o marajá. Mas ele não foi preso e falou que vai voltar! É pra rir ou pra chorar? O Brasil tem mais terra do que a China tem chinês, mas a terra tá na mão dos grandes latifundiários. A reforma agrária, ninguém ainda fez. Ainda bem que os sem terra não são otários. (E tudo que eles querem é direito a ter trabalho). É pra rir ou pra chorar? O Brasil tem miséria mas tem muito dinheiro, na mão de meia dúzia, no banco suíço. O rico sobe na vida feito estrangeiro, e o pobre só sobe no elevador de serviço. (E você aí fingindo que não tem nada com isso?)

É pra rir ou pra chorar?

O Brasil tem um povo gigante por natureza que às vezes não percebe o tamanho dessa grandeza. Sempre solidário no azar ou na sorte, um povo generoso, criativo e risonho. Poderoso, e tem um coração batendo forte que põe fé no futuro do mesmo jeito que eu ponho. E vai ter que ser independência ou morte. Um por todos, e todos por um sonho.

É pra rir ou pra chorar? É pra rir ou pra voltar? Pra seguir ou pra parar? Pra cair ou levantar? É pra rir ou pra chorar? Pra sair ou pra ficar? Pra ouvi ou pra falar? Pra dormir ou pra sonhar? É pra ver ou pra mostrar? Aplaudir ou protestar? Construir ou derrubar? Repetir ou transformar? É pra rir ou pra chorar? Pra se unir ou separar? Agredir ou agradar? Pra torcer ou pra jogar? Pra fazer ou pra comprar? Pra vender ou pra alugar? Pra jogar pra perder ou pra ganhar? Dividir ou endividar? Dividir ou individualizar? É pra rir ou pra chorar?!




Brasileiros, filhos da pátria amada

A balança da justiça está desequilibrada

A bandeira rasgada, o manto da impunidade

Eu pergunto o que seria a sociedade?

De um lado as mansões, o latifúndio, a renda

Do outro o trabalho infantil nas fazendas

Triste favela versus sistema feliz

E em meio ao tiroteio o Brasil segue infeliz

Terno, gravata, anel de formatura

Entra ano e sai ano mantendo a estrutura

Nossa vida reduzida a nada

Depois da rajada o corpo de dezoito na calçada

O ciclo vicioso da ambição

Gira a engrenagem da autodestruição

Liga o botão acionando a violência

É o homem usando e abusando da indecência

O sistema é sanguinário e trabalha noite e dia

Como roda de morte impedindo a alegria

Promovendo as drogas adiando a vida

Deturpando o pensamento mentes poluídas

Desde o início gerou feridas, açoites, mazelas

Criou senzalas, becos, vielas, favelas

O culpado comprovado não admite o crime

E friamente segue seu regime

Imagem distorcida na tela

Tragédias transformadas nas cenas mais belas

A lei já não sei pra que se fez

É ela ali atropelada mais uma vez

Brasileiros filhos da pátria amada

Retribuídos com porradas e mais porradas

É hora de tomar o controle e ser feliz

Separar a filial da matriz

Brasil, país infeliz

Quem sonha em ser feliz

Acorda e desacorda

Do que o sistema diz

Pare e analise

Raciocine friamente

Brasileiros filhos da pátria amada

A balança da justiça está desequilibrada

A bandeira rasgada o manto da impunidade

Eu pergunto: o que seria a sociedade?

O que seria a sociedade?

Em meio a mísseis, bombas, ogivas nucleares

Periferia segue com seus males

Mas apesar dos pesares nunca pensou

Em mandar o mundo pelos ares

Apesar do dia-a-dia sufocante em seus lares

Das mágoas, tragédias, dos bares

É, é o pesar entre os pesares

É preciso ser sensível e ter ideia de rua

Saber a hora de atacar ou ficar na sua

Separar colegas, amigos e sócios

Proceder sempre será um grande negócio

A cada segundo que passa

Mais vidas perdidas

Há dez minutos atrás

Um corpo caído era uma vida

Calma

O trauma te pega de assalto

Supere o lado mais fraco

Pra ficar a salvo quem é feliz?

Quem é feliz me diz

Porque não passa adiante

A fórmula pra ser feliz

Gaguejou, se atrapalhou

Se enganou, confundiu o egoísmo e o amor

Eu não sou professor nem sou formado

Entre o certo e o errado, escolha o seu lado

E lembre-se que bem pior que ficar sozinho

É estar na companhia dos espinhos

Meu grupo, meu resgate uma ideia, uma letra

Oposição ao regime que só alimenta treta

Vai na fé, eu fico aqui

Vai na fé te encontro por aí

Quadrilha de informação

Brasil, país infeliz ...




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