top of page
Acervo/blog

Vibram sonoros clarins de quebrada em quebrada

Anunciando o raiar de uma nova alvorada

Dias de luz hão de ser sempre os teus

Brasil, usina do mundo, nova oficina de Deus.

As águas moveram as rodas descendo da serra

As forjas lançaram fagulhas vermelhas ao léu

Os rolos de fumo subiram do seio da terra

Moldando o sol, tingindo o céu

E junto as fornalhas gigantes o malho empunhando

Homens de mãos calejadas trabalham cantando

Ouve essa voz que o destino da pátria bendiz

É a voz do Brasil que trabalha, cantando feliz.




Por trás daquelas nuvens cor de chumbo

Fronteiras do céu por sobre os montes

Há uma planície estreita cortada pelos rios

Que levam em suas águas os horizontes

Eeehhhh! Êêêhhhh! Êêêhhhh!

Vale do Rio Doce!

Eu pensei que não serei capaz de te contar

O que eu vi ali atrás da serra

Eu pensei que não serás capaz de acreditar

O que eu vi ali naquela terra

No chão de ferro havia ouro

Nos caminhos bem à flor da terra

À flor das águas dançavam flores

Rasgavam o azul do céu quase mil cores

Eu pensei que não serás capaz de acreditar

O que eu vi ali onde o sol descansa

Onde a vida é calma como o entardecer

Mas seria bom se o mundo inteiro fosse

Como o doce vale do rio Doce

Êêêhhhh! Êêêhhhh! Êêêhhhh!

Vale do Rio Doce!



bottom of page