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Acervo/blog

Eu vim aqui mendigar meu direito

Aqui me tens implorando o que é meu

Aceito tudo, eu vim por quase nada

Inteiro na tua mão

Vim suplicar tua boa vontade

Aqui me tens implorando o perdão

Cabeça baixa e com a boca fechada

Inteiro na tua mão

Na tua mão

Fui sempre quieto e pacato

E fiz sempre no ato o que você me quis

Pra não comprometer esse clima de paz entre nós

Eu também fui seu modelo

Apontado no dedo o exemplo feliz

Só para alimentar esse clima de paz entre nós

Hoje eu voltei mais aflito, é preciso

Um pouco mais que promessas de paz

Mesmo de ferro e de fogo

O seu braço já não me alcança mais

Eu quero livre viver um caminho

Eu quero junto com o povo cantar

A nossa voz junto é um desafio

Sustentado na canção

Nessa canção




Quem tem noção da batalha

Não fala muito

E desconfia do brilho

Não é daqueles que pensam

Que antigamente é que era bom

Que ficam só ameaçando

E vivem se escondendo

E atrasando o tempo

E esquecendo as perdas

E disfarçando o medo

E apertando o nó

Quem tem noção da batalha

Perdoa a falha

E percebe a centelha

Não se atém ao detalhe

De que o fogo ainda não pegou

Dá valor àquele que tentou

Dar mais calor à luta

Sem se afastar da roda

Sem lamentar as perdas

E que encarou o medo

Pra desatar o nó




Perdoem a cara amarrada, Perdoem a falta de abraço Perdoem a falta de espaço Os dias eram assim... Perdoem por tantos perigos Perdoem a falta de abrigo Perdoem a falta de amigos Os dias eram assim...

Perdoem a falta de folhas Perdoem a falta de ar Perdoem a falta de escolha Os dias eram assim...

E quando passarem a limpo E quando cortarem os laços E quando soltarem os cintos Façam a festa por mim...

E quando lavarem a mágoa E quando lavarem a alma E quando lavarem a água Lavem os olhos por mim... Quando brotarem as flores Quando crescerem as matas Quando colherem os frutos Digam o gosto pra mim...

Digam o gosto pra mim...




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