Autores: Lourival dos Santos, Tião Carreiro e Arlindo Rosa. Intérprete: Tião Carreiro e Paraíso. Gravadora: Caboclo/Continental. LP: Tá do jeito que eu queria.
Malandro de muita arte que roubou a vida inteira
Parecia homem de Marte, lambari da corredeira
Embrulhou por toda parte a polícia brasileira
Parecia o Malasartes, carregou água em peneira
Um rato de muita arte sem cair na ratoeira
Malandro pintou o sete
Fez ponta de canivete virar bico de chaleira
Era liso igual quiabo, não falhava um truque seu
Soldado, sargento e cabo na poeira se perdeu
Pegou gato pelo rabo e como lebre vendeu
Embrulhou até o diabo que na frente apareceu
Era um cascavel dos bravo, bote errado nunca deu
Malvado e desumano
Embrulhou até cigano que com ele se envolveu
Na capital de São Paulo o malandro apareceu
E dando uma de galo a mão no peito bateu
Para pisar no meu calo quero ver quem que nasceu
Não vou cair do cavalo, rei dos malandro sou eu
Não pode cair no pialo quem com classe aprendeu
Os delegado só prende
Malandro que não entende e não foi aluno meu
Vestido de militar, mulher rica consegui
Hoje vou me casar, até o padre vai cair
Não era flor de cheirar o padre que estava ali
Você não é militar, há tempos te persegui
Aqui nos pés do altar sua fama vai sumir
Você é um malandro otário
Eu também não sou vigário, sou o delegado Fleury
Autor: Pablo Milanes (versão: Chico Buarque). Intérpretes: Milton Nascimento e Chico Buarque. Gravadora: EMI-Odeon. LP: Clube da Esquina nº 2.
El nacimiento de un mundo Se aplazó por un momento Fue un breve lapso del tiempo Del universo un segundo
Sin embargo parecía Que todo se iba a acabar Con la distancia mortal Que separó nuestras vidas
Realizaban la labor De desunir nossas mãos E fazer com que os irmãos Se mirassem com temor
Cuando pasaron los años Se acumularan rencores Se olvidaran os amores Parecíamos estranhos
Que distância tão sofrida Que mundo tão separado Jamás se hubiera encontrado Sin aportar nuevas vidas
E quem garante que a História É carroça abandonada Numa beira de estrada Ou numa estação inglória
A História é um carro alegre Cheio de um povo contente Que atropela indiferente Todo aquele que a negue
É um trem riscando trilhos Abrindo novos espaços Acenando muitos braços Balançando nossos filhos
Lo que brilla con luz propia Nadie lo puede apagar Su brillo puede alcanzar La oscuridad de otras cosas
Quem vai impedir que a chama Saia iluminando o cenário Saia incendiando o plenário Saia inventando outra trama
Quem vai evitar que os ventos Batam portas mal fechadas Revirem terras mal socadas E espalhem nossos lamentos
E quem paga o pesar Do tempo que se gastou De las vidas que costó De las que puede costar
Já foi lançada uma estrela Pra quem souber enxergar Pra quem quiser alcançar E andar abraçado nela (2x)
Autores: Milton Nascimento e Fernando Brant. Intérprete: Milton Nascimento. Gravadora: EMI/Odeon. LP: Clube da Esquina nº 2.
Caminhando pela noite de nossa cidade Acendendo a esperança e apagando a escuridão Vamos, caminhando pelas ruas de nossa cidade Viver derramando a juventude pelos corações Tenha fé no nosso povo que ele resiste Tenha fé no nosso povo que ele insiste E acorda novo, forte, alegre, cheio de paixão
Vamos, caminhando de mãos dadas com a alma nova Viver semeando a liberdade em cada coração Tenha fé no nosso povo que ele acorda Tenha fé no nosso povo que ele assusta
Caminhando e vivendo com a alma aberta Aquecidos pelo sol que vem depois do temporal Vamos, companheiros pelas ruas de nossa cidade Cantar semeando um sonho que vai ter de ser real Caminhemos pela noite com a esperança Caminhemos pela noite com a juventude