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Acervo/blog

Carcará,

Lá no sertão

É um bicho que avoa que nem avião

É um pássaro malvado

Tem o bico volteado que nem gavião

Carcará,

Quando vê roça queimada

Sai voando e cantando

Carcará,

Vai fazer sua caçada

Carcará come inté cobra queimada

Quando o chega o tempo da invernada

O sertão não tem mais roça queimada

Carcará mesmo assim não passa fome

Os burrego que nasce na baixada

Carcará pega, mata e come

Carcará num vai morrer de fome

Carcará, mais coragem do que home

Carcará pega, mata e come.

Carcará é malvado, é valentão

É a águia de lá do meu sertão

Os burrego novinho num pode andá

Ele puxa no imbigo inté mata

Carcará pega, mata e come

Carcará num vai morrer de fome

Carcará, mais coragem do que home

Carcará pega, mata e come

(fala)

Em 1950, mais de dois milhões de nordestinos viviam fora de seus estados natais. 10% da população do Ceará emigrou. 13% do Piauí. 15% da Bahia. 17% de Alagoas.

Carcará pega, mata e come

Carcará num vai morrer de fome

Carcará, mais coragem do que home

Carcará pega, mata e come



Treze anos eu te aturo

Eu não aguento mais

Não há Cristo que suporte

Eu não suporto mais

Treze anos me seguro

E agora não dá mais

Se treze é minha sorte

Vai, me deixa em paz

Você vem me infernizando

Como Satanás

Você vem me enclausurando

Como Alcatraz

Você vem me sufocando

Como o próprio gás

Ainda vive me gozando

Assim já é demais

Você vem me tapeando

Como um pente-fino

E vem me conversando

Como a um bom menino

E vem subjugando

O meu destino

E vem me instigando

A um desatino

Um dia eu perco a timidez

E falo sério

E faço as minhas leis

Com o meu critério

Eu vou para o xadrez

Ou cemitério

Mas findo de uma vez

Com seu império




Votar gritou o povo E a votação foi feita Roberta Close eleita

Preferência sexual

Política é um andrógino É travestida esperta Mostrou como Roberta

Sua frente liberal

Nova república, não ponha atrás da gente

Aquilo que a Roberta tem na frente

Setúbal dá dinheiro E o apoio vem global Tancredo desabafa

Nisto eu sou profissional Há mais de meio século No muro equilibrado Ou morre ou sai tombado

Patrimônio nacional

Canta Fafá, o dó de peito sai E o Milton Nascimento diz uai

Mordomia é uma mania

Com jeitinho brasileiro Desde Dom Pedro I

Até os tempos atuais

Mas o nosso presidente

Que é imortal na academia

Agora com mordomia

Que não morre nunca mais

Muda Sarney, é tempo de mudar Trocar o tucupi por caviar




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