O cara-pintada é a cara mais limpa desse país
A cara do jovem, que coisa mais linda nesse país
O cara de pau que nem é Pau-Brasil, não é a raiz
A cara do povo que quer ser lavada pra ser feliz
Eu quero ver cara a cara
Amarelou, não encara
Toma vergonha na cara
Vem batalhar
Deixa eu pintar sua cara
A passeata não para
Você é uma joia rara
Vamos cantar
Oh! Oh! Brasil, quem te vê e quem te viu Pra frente, pra frente que até caiu Chega desse nhenhenhém Bye, Bye, Brazil vintém Moratória é a moral da história
Maluf se cala mas a Lut(se)falla Ivete dá bandeira que seu sonho é ser vedete Fi-lo porque qui-lo Jânio é sempre o mesmo grilo Galã da várzea vai pro trono, Andreazza
Governadores, deputados, vereadores Saqueando bancos e bancando defensores Ninguém se ilude mais que a comida está no fim Olhem só a pança do sinistro Delfim Tá cheia de cupim
Oh! Oh! Brasil, quem te vê e quem te viu Pra frente, pra frente que até caiu Chega desse nhenhenhém Bye, Bye, Brazil, vintém Moratória é a moral da história
Beltrão é o mandão da nossa burrocracia Na moita Golbery fazendo muita bruxaria No breque de improviso Aureliano se embanana Nas eleições diretas o uniforme é à paisana Que ótimo Juruna e o escandaloso Timóteo Na linha dura basta a Solange da censura Cabeças vão rolar, que tal a gente apostar?
Incêndio! Incêndio! Incêndio! Pegou fogo o berço esplêndido!
Dentro da legalidade,
Dentro da honestidade,
Ninguém tira o meu direito.
Quando querem a anarquia,
Elimino a teimosia,
Mostrando todo defeito.
Se o samba está errado,
Eu não vou ficar calado,
Consertando a melodia.
Sou poeta popular.
Dentro da honestidade,
Ninguém pode me calar.
Eu não sou politiqueiro
Meu negócio é um pandeiro
Dentro da legalidade
Sou poeta popular
Dentro da legalidade
Ninguém pode me calar
Laiá, laiá, laiá, laiá Laiá, laiá, lalá, laiá, laiá.