(Cautela)
Se não te cuidares o corpo
Cuida teu espírito torto
Que teu corpo jaz perfeito
Se não te cuidares o peito
Cuida teu olho absurdo
Que teu peito tomba morto
Diante de tudo
Se não te cuidares, cuidado
Com as armadilhas do ar
Qualquer solto som pode dar tudo errado
(Mordaça)
Tudo o que mais nos uniu separou Tudo que tudo exigiu renegou Da mesma forma que quis recusou O que torna essa luta impossível e passiva
O mesmo alento que nos conduziu debandou Tudo que tudo assumiu desandou Tudo que se construiu desabou O que faz invencível a ação negativa
É provável que o tempo faça a ilusão recuar Pois tudo é instável e irregular E de repente o furor volta O interior todo se revolta E faz nossa força se agigantar
Mas só se a vida fluir sem se opor Mas só se o tempo seguir sem se impor Mas só se for seja lá como for O importante é que a nossa emoção sobreviva
E a felicidade amordace essa dor secular Pois tudo no fundo é tão singular É resistir ao inexorável O coração fica insuperável E pode em vida imortalizar
Pesquisa publicada prova:
Preferencialmente preto, pobre, prostituta
Pra polícia prender
Pare, pense, porque?
Prossigo
Pelas periferias praticam perversidades, PMs
Pelos palanques políticos prometem, prometem
Pura palhaçada. Proveito próprio?
Praias, programas, piscinas, palmas
Pra periferia? Pânico, pólvora, pá-pá-pá!
Primeira página
Preço pago?
Pescoço, peito, pulmões perfurados
Parece pouco?
Pedro Paulo
Profissão: pedreiro,
Passatempo predileto: pandeiro
Preso portando pó, passou pelos piores pesadelos
Presídios, porões, problemas pessoais, psicológicos
Perdeu parceiros, passado, presente
Pais, parentes, principais pertences
PC: político privilegiado
Preso, parecia piada
Pagou propina pro plantão policial
Passou pela porta principal
Posso parecer psicopata
Pivô pra perseguição
Prevejo populares portanto pistolas
Pronunciando palavrões
Promotores públicos pedindo prisões
Pecados, pena
Prisão perpétua!
Palavras pronunciadas pelo poeta, irmão
Autores: Alípio Martins e Marcelle. Intérprete: Alípio Martins. Gravadora: Continental. CD: Alípio Martins.
Quem mandou votar no homem
Quem mandou votar no homem
Se correr o bicho pega
Se ficar o bicho come
O meu salário é uma piada
Não dá para nada, o que será de mim
Se continua essa maré braba
Vou morar na rua e comer capim
Pegou mal, pegou mal
Eu te falei que ele não dava pé
Pegou mal, pegou mal
Agora seja o que Deus quiser
- Eu te falei, malandro, falta de conselho não foi.
Eu não devia ter acreditado
Na promessa feita antes da eleição
Agora é tarde, já não tem mais jeito
Ele já foi eleito e eu fiquei na mão
Pegou mal, pegou mal ...
- É isso aí malandro, ajoelhou tem que rezar.
Eu não entendo de economia
Mas tá na cara a causa da inflação
É só parar com tanta mordomia
E por na cadeia tudo que é ladrão
Pegou mal, pegou mal ...