Autores: Eugéne Pottier e Pierre Degeyter. Tradução para o português: Neno Vasco. Intérpretes: Coral Livre e W. Miranda. Gravadora: ?
De pé, ó vitimas da fome! De pé, famélicos da Terra! Da idéia a chama já consome
A crosta bruta que a soterra. Cortai o mal bem pelo fundo! De pé, de pé não mais senhores! Se nada somos, em tal mundo,
Sejamos todos produtores! (Coro) Bem unidos, façamos, Nesta luta final
Uma terra sem amos A Internacional! Messias, Deus, chefes supremos, nada esperamos de nenhum! Sejamos nós que conquistemos A terra-mãe livre e comum!
Para não ter protestos vãos, para sair deste antro estreito, façamos nós, por nossas mãos, tudo o que a nós nos diz respeito!
(Coro)
Bem unidos ...
O crime de rico a lei encobre, O Estado esmaga o oprimido: Não há direitos para o pobre, Ao rico tudo é permitido. À opressão não mais sujeitos! Somos iguais todos os seres. Não mais deveres sem direitos, Não mais direitos sem deveres!
(Coro) Bem unidos ...
Abomináveis na grandeza, Os reis das minas e da fornalha Edificaram a riqueza Sobre o suor de quem trabalha. Todo o produto de quem sua A corja rica o recolheu Querendo que ela o restitua, O povo só quer o que é seu.
(Coro) Bem unidos ...
Nós fomos de fumo embriagados. Paz entre nós, guerra aos senhores! Façamos greve de soldados! Somos irmãos trabalhadores! Se a raça vil cheia de galas Nos quer à força canibais, Logo verá que as nossas balas São para os nossos generais!
(Coro) Bem unidos ...
Somos o povo dos ativos, Trabalhador, forte e fecundo. Pertence a terra aos produtivos: Ó parasita, deixa o mundo! Ó parasita, que te nutres Do nosso sangue a gotejar, Se nos faltarem os abutres, Não deixa o Sol de fulgurar!
(Coro)
Bem unidos ...
No Brasil tem, tem,
Tem tudo que a gente quer
(bis)
Tem banana e tem laranja
Tem ouro e tem café, pois é
Mulata e moreninha
A preta do Guiné
Tem macumba e embolada
Também tem o candomblé
(bis)
No Brasil tem, tem, tem
Tem tudo que a gente quer
(bis)
Tem banana e tem laranja
Tem ouro e tem café
Lavouras de laranja
Muito pé de café
Tem macumba e embolada
Também tem o candomblé
(bis)
Tem samba que fala em amor
Que mexe com a gente que é um horror
Que mexe com a gente que é um horror
Que mexe com a gente que é um horror
No Brasil tem, tem,
Tem tudo que a gente quer
(bis)
Tem banana e tem laranja
Tem ouro e tem café
Mulata e moreninha
A preta do Guiné
Tem macumba e embolada
Também tem o candomblé
Tem macumba e embolada
Também tem o candomblé
Tem samba que fala em amor
Que mexe com a gente que é um horror
Que mexe com a gente que é um horror
Que mexe com a gente que é um horror.
Autores: Herivelto Martins e Benedito Lacerda. Intérprete: Quincas Gonçalves (Nélson Gonçalves) com Carioca e sua orquestra. Gravadora: Propago.
Quem não conhece
Quem não ouviu falar
Na famosa caixinha do Ademar
Que deu livro, deu remédio, deu estrada
Caixinha abençoada
Já se comenta de Norte a Sul
Com Ademar tá tudo azul
Deixa falar toda essa gente maldizente
Deixa quem quiser falar
Essa gente que não tem o que fazer
Sabe tudo, mas não cumpre o seu dever
Enquanto eles engordam tubarões
A sardinha defende o bem estar de milhões.