Autores: Otacílio da Mangueira e Ari do Cavaco. Intérprete: Bezerra da Silva. Gravadora: Universal Music. CD: Eu tô de pé.
Quando Cabral aqui chegou E semeou sua semente Naturalmente começou A lapidação do ambiente
Roubaram o ouro Roubaram o pau Pra ficar legal Ainda tiraram o couro Do povo desta terra original
E só deixaram A má semente Presente de Grego Que logo se proliferou E originou a nossa gente
É ladrão que não acaba mais Tem ladrão que não acaba mais Você vê ladrão Quando olha pra frente Você vê ladrão Quando olha pra trás
A terra é boa mas o povo Continua escravizado Os direitos são os mesmos Desde os séculos passados O marajá ele só anda engravatado Não trabalha, não faz nada Mas tá sempre endinheirado
E se entrar no supermercado Você é roubado! E se andar despreocupado Você é roubado! E se pegar o bonde errado Você é roubado! E também se votar pra deputado Você é roubado!
Tem sempre 171 armando fria Tem ladrão lá no congresso Na quitanda e padaria Ladrão que rouba de noite Ladrão que rouba de dia Dentro da delegacia Ninguém entendia A maior confusão O doutor delegado Grampeou todo mundo Porque o ladrão Roubou outro ladrão
É ladrão que não acaba mais Tem ladrão que não acaba mais Você vê ladrão Quando olha pra frente Você vê ladrão Quando olha pra trás
Olá, como vai? Eu vou indo e você, tudo bem? Tudo bem, eu vou indo correndo Pegar meu lugar no futuro, e você? Tudo bem, eu vou indo em busca De um sono tranquilo, quem sabe? Quanto tempo... pois é... Quanto tempo...
Me perdoe a pressa É a alma dos nossos negócios Oh! Não tem de quê Eu também só ando a cem Quando é que você telefona? Precisamos nos ver por aí Pra semana, prometo talvez nos vejamos Quem sabe? Quanto tempo... pois é... (pois é... quanto tempo...)
Tanta coisa que eu tinha a dizer Mas eu sumi na poeira das ruas Eu também tenho algo a dizer Mas me foge a lembrança Por favor, telefone, eu preciso Beber alguma coisa, rapidamente Pra semana O sinal ... Eu procuro você Vai abrir...
Vai abrir
Prometo, não esqueço Por favor, não esqueça, Não esqueça, não esqueça
Adeus...
Autores: João Nogueira e Paulo César Pinheiro. Intérprete: João Nogueira. Gravadora: Polydor. LP: Clube do Samba.
Vamos trabalhar sem fazer alarde Pra pisar com força o chão da cidade A vida não tem segredo Quem sentado espera a morte é covarde Mas quem faz a sorte é que é de verdade É só acordar mais cedo
É só regar pra alimentar o arvoredo Por essa luta eu não retrocedo Pra ver toda a mocidade Com os frutos da liberdade Escorrendo de entre os dedos Que é pra enterrar de uma vez seus medos
Se não mudar, o barco bate no rochedo E vai pro fundo como um brinquedo É bom cantar a verdade Pro povo de uma cidade E deixar de arremedo E aí vai virar mais um samba-enredo