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Acervo/blog

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Era uma cadeira de descanso

Em que sentava o dono todo dia

Com o desconforto do balanço

Ela ficou sendo de arrelia

Quando chega a hora da mudança

Fica tudo nessa cavação

Gira tudo nessa contradança

Para conquistar-lhe o coração

Essa cadeira assim tão cobiçada

É tão gostosa e mais encrencada

Ai! Meu amor,

Só tens é a qualidade

Tenho horror da mulher da sua idade

Nessa posição em que tu vives

Quando tudo é rivalidade

Não é mais possível que se livrem

Desta nova liberalidade

Se a tua sina é carregar

Com os mesmos leves e pesados

Como vais agora abandonar

Estes teus amores encrencados

Essa cadeira assim tão cobiçada

É tão gostosa e mais encrencada

Ai! Meu amor, Só tens é a qualidade

Tenho horror da mulher da sua idade.


Marca o passo, soldado, não vês, Que esta terra foi ele que fez?

Que teu passo é o compasso seguro De um passado, um presente e um futuro.

Vê, soldado, que grande tu és. Tua terra se atira a teus pés. E estremece de orgulho e ergue os braços, Ergue braços de poeira a teus passos.

Marcha, soldado paulista, Marca o teu passo na história. Deixa na terra uma pista, Deixa um rastilho de glória. (bis)


Fé em Deus

Eu só quero entrar na minha casa, seu moço

Ter o direito de ir e vir

Dar um beijo nas crianças

Beijar minha patroa

Ter o pão de cada dia, eu só quero é ser feliz

Essa noite comeu solto o tiroteio

Favela tava cercada, não tinha como sair

E a criançada atrás da porta em desespero

Pelo amor de Deus, papai tira a gente daqui

Aí então, uma lágrima desceu

Eu vi que minha força vinha da força de Deus

Só peço ao moço antes de apertar o gatilho

Que pense em seus filhos antes de matar os meus

Eu só quero entrar na minha casa, seu moço ...

É triste amigo a gente chegar do trabalho

E ser esculachado por um motivo que eu não sei

O rico sente pena, mas sentir pena é fácil

Ninguém passou na pele a humilhação que passei

E aos poderosos eu lanço um desafio

Viver um dia de pobre e o pobre um dia de rei

Mas eu só peço a aquele moço por favor

Antes de bater na cara, respeite o trabalhador

Eu só quero entrar na minha casa, seu moço ...

E aquela praça onde a violência

Acabava com a festa na minha adolescência

Muita coisa mudou, mas eu posso te contar

Hoje são meus filhos que não podem lá brincar

Pois a metralhadora ainda interrompe

Ameaça jovem, velho, criança, mulher e homem

O problema que era deles, passa a ser problema meu

Ter que aturar uns caras que nem sabem quem sou eu

Eu só quero entrar na minha casa, seu moço ...




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