Neste mundo tem muito puxa-puxa
Que com nóis vai ficar aborrecido
Pois nóis vai mexê com os maiorais
E, quem não gostá, é mió tapá os ôvido
Plínio Sargado quando abre a voz
Faz mal no fígado de todos nós (1)
Toc! Toc! Toc! Binidito, sai da lata (2)
Mário Tavares depois de véio lançou sua candidatura
O ....... bateu parma e engoliu a dentadura (3)
Antes de nós, nossos avós já votavam em Mário Tavares
Na sua casa tem tregalista?
Não vou lá!
Na sua casa tem comunista?
Não vou lá!
Peço licença prá mandar
Filinto Muller em meu lugar (4)
Uá, Uá, Uá, Vá, Vá, Vá!
Tá ruim de buzina, hein, compadre?
Mello Viana tosse discretamente
Eh, Uá, Uá, Uá!
Barreto Pinto, avacalhadamente
Ahe! Ahe! Ahe! Ahe! Ahe! Ahe!
Não me cospe não!
Mas todos param de tossir com o xarope Artur Bernardes (5)
Mangabeira, baiano, paisano fié
Beija a mão do Eisenhouer
Que lindo papé (6)
Trimmmm trimmmmm.... telefone!
Alô, quem fala, é a tosse?
Não, aqui é o Hugo Borghi
E aí quem fala?
Aqui é o Getúlio!!!
AAAAAAAAAAAAAAiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii!!!
Fugiu, hein? É sempre assim, eles evitam o Gegê (7)
Ademar, Ademar, é miór e não faz mar (8)
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(1) Paródia do anúncio das “Pílulas de vida do Dr. Ross); (2) paródia do anúncio do “Óleo Maria”; (3) paródia de anúncio de produto desconhecido; (4) paródia de anúncio do inseticida Detefon; (5) paródia de anúncio de um xarope desconhecido; (6) paródia de anúncio da Magnésia Leitosa; (7) paródia de anúncio do xarope São João; (8) paródia de anúncio do analgésico Melhoral
Vossa Excelência, dá licença, Quero um aparte para falar, Quero falar num artigo: Cadê o trigo, cadê o trigo? Levam a vida nessa marmelada. Passa o tempo e não resolvem nada.
Peço a palavra, pela ordem, Na voz do meu coração, O povo não tem casa pra morar, Não tem transporte, não tem carne, nem feijão. Até das frutas que existiam por aqui, Só resta agora o abacaxi.
Autores: música de Jorge Galatti, paródia de Lauro Borges. Intérpretes: Lauro Borges e Castro Barbosa. Gravação em acetato da Rádio Nacional.
Nós antigamente tinha carne
Nós antigamente tinha pão
Antigamente nós tinha tutu,
Carne seca com feijão
(Que era tão bom)
Nós antigamente tinha fio
Nós antigamente tinha fia
Hoje nem fio nem fia
Nós pode porque
Ninguém aguenta tanta carestia
O cachaço subiu,
A manteiga também
A farinha de trigo sumiu outra vez
As bananas hoje em dia
É artigo grã-fino
E o pão, meu Deus do Céu,
Como tá pequenino
Nós antigamente engordava os porcos
Com abóbora d’água, repolho e chuchu
Hoje nós come as comidas dos porcos
Pra não ser comida de aribus
(Lá no Caju)
Nós antigamente não tinha fila
Não faltava nada era tudo tão bom
Hoje tem fila pra tudo
E a maior fila que tem
É a fila dos ladrão.