Pesquisa publicada prova:
Preferencialmente preto, pobre, prostituta
Pra polícia prender
Pare, pense, porque?
Prossigo
Pelas periferias praticam perversidades, PMs
Pelos palanques políticos prometem, prometem
Pura palhaçada. Proveito próprio?
Praias, programas, piscinas, palmas
Pra periferia? Pânico, pólvora, pá-pá-pá!
Primeira página
Preço pago?
Pescoço, peito, pulmões perfurados
Parece pouco?
Pedro Paulo
Profissão: pedreiro,
Passatempo predileto: pandeiro
Preso portando pó, passou pelos piores pesadelos
Presídios, porões, problemas pessoais, psicológicos
Perdeu parceiros, passado, presente
Pais, parentes, principais pertences
PC: político privilegiado
Preso, parecia piada
Pagou propina pro plantão policial
Passou pela porta principal
Posso parecer psicopata
Pivô pra perseguição
Prevejo populares portanto pistolas
Pronunciando palavrões
Promotores públicos pedindo prisões
Pecados, pena
Prisão perpétua!
Palavras pronunciadas pelo poeta, irmão
Autor: Aliado G, Mano Ed e DJ Viola. Intérpretes: GOG com Face da Morte. Gravadora: Face da Morte Produções. CD: Manifesto popular brasileiro.
A chama da liberdade se renova Face da Morte, um CD MPB, som à toda prova Traz passo a passo, data a data, a necessidade De se conhecer e amar o Brasil de verdade Crimes contra a humanidade, crimes de guerra Cabeças expostas nas praças, o povo acoitado nas janelas Choques, saques, torturas Levando ao caixão lacrado ou à loucura Muitos morreram enxergando o futuro Mesmo trancafiados em solitárias, cercados pelos mais altos muros É a chama da liberdade que está acesa, não no pavio E sim no coração de cada camarada revolucionário do Brasil Não só em Lampião, Marighella, Lamarca, Osvaldão, Antonio Conselheiro Inspirações de GOG, esse rapper guerrilheiro A chama da liberdade está acesa em você, moleque É você que aí de esquina carrega a PT Está na hora de ir ao banheiro E dar descarga nos maus pensamentos, parceiro O barraco é a trincheira, a inveja é a besteira Olhe ao seu lado, a senhora chega ensanguentada O médico diz não tem mais jeito, não tem mais leito
Olha a criança catando lixo
Olha o abismo que separa o pobre e o rico
A liberdade não pode ser algemada
Deve estar sempre sim estar de mãos dadas com os homens de bem Veja as fotos da felicidade, está estampada na Passeata dos Cem Mil Sinta a força do rap nacional invadindo o Brasil GOG, Aliado G, Mano Ed, Viola Face da Morte, ideia forte fazendo escola
Autor: Facção Central. Intérprete: Facção Central. Gravadora: Discoll Box. CD: A marcha fúnebre prossegue.
O boy queria que eu tivesse traficando Gritando assalto com uma nove pro caixa do banco Queimando a cara de um refém com cigarro Dá a senha filho da puta, anda desgraçado O Brasil não aceita pobre revolucionário O marginalizado defensor do favelado Fugi do controle, quebrei a algema Expandi meu veneno, meu ódio, minha crença Contaminei o povo, revolta incurável Terrorista verbal, discurso implacável Pega seu dinheiro e enfia no cu E caráter lapidado no sangue da zona sul Implantaram a liberdade de expressão assistida Pra rima agressiva do rapper homicida Desprendido de mídia, público do shopping Cuspo na sua TV, na sua porra de ibope Ativista, aqui estou o próximo da lista Foda-se a censura, represália da polícia Se tiver que morrer, aí fazer o que? Ameaça não intimida, Eduardo não faz tremer Fala mal de mim, rimador da alegria Pelo menos não sou puta, não vendi minha ideologia Não traí a minha história, minha raiz no cortiço Prossigo na missão, pra muitos sou nocivo Invadi a mansão igual um rolo compressor O playboy se borrou com a verdade no televisor Denunciei sem medo a guerra civil brasileira, Obrigado, favela, pelo FC na camiseta Oficial de justiça não apreendeu meu cérebro Dentro e fora da cadeia, locutor do inferno Sou periferia em cada célula do corpo Por isso uma pá de porco tá me querendo morto
Sei que os porcos querem meu caixão ‘Era a brecha que o sistema queria’ Sei que os porcos querem meu caixão ‘Avisa o IML chegou o grande dia’
O preto favelado aterrorizou Chocou, apavorou, escandalizou O verso sanguinário conseguiu abalar Vem pagar um pau, mídia, vem me entrevistar Vou enfiar no teu rabo meu estereótipo de ladrão Um careca de jaqueta aqui é rapper Facção Não vai te dar notícia com o sangue da vaca rica Filma o maloqueiro pedindo paz na periferia Surgiu uma pá de herói querendo meu sangue, minha caveira Querendo flash na minha aba se tornar estrela Cuzão não entendeu, rap não é campeonato Pra vender CD não precisa do meu fracasso Faço meu papel, honro meu compromisso Semeio o ódio contra quem me faz roubar o executivo Aqui é só outro mano sem boné, sem estudo Sem currículo, curso, talvez sem futuro Entendeu, dono do iate, o apoio da favela Faço parte dela, sou fruto da cela Não deram faculdade pra eu me formar doutor Então a rua me transformou no demônio rimador Enquanto o meu corpo não virar carniça Eu tô no rádio, no vídeo, lançando minha ofensiva Nem Cherokee, nem piscina, nem modelo vadia Compram a atitude do mano do quarto e cozinha A traça verbal é um dois pra acionar É só o menino faminto chorar pro dum dum descarregar Programado pra rimar, buscar a igualdade Pra ser a ameaça pra sociedade Oficial de justiça não apreendeu meu cérebro Dentro e fora da cadeia locutor do inferno Sou periferia em cada célula do corpo Por isso uma pá de porco tá me querendo morto
Sei que os porcos querem meu caixão ‘Era a brecha que o sistema queria’ Sei que os porcos querem meu caixão, ‘Avisa o IML chegou o grande dia’
A boca só se cala quando o tiro acerta ‘Se é isso que eles querem, então vem, me mata’
‘E pros filhos da puta que querem jogar minha cabeça pros porco, aí tenta a sorte mano’