Bateram no boi
Não houve nada
Tornaram a bater
Não houve nada
O boi vai cansar
De tanta pancada
No dia que se zangar
Dá-se o estouro da boiada
O boi não sabe
A força que ele tem
Porque se ele soubesse
Não respeitava ninguém
O boi é manso
Trabalha e sofre calado
Mas cuidado que o boi manso
Já está ficando zangado.
Autores: Geraldo Menucci e Francisco Julião. Intérpretes: Coral do Movimento de Cultura Popular (MCP) de Pernambuco e Banda da Brigada Militar de Pernambuco. Gravação especial.
Companheiros, irmãos de sofrimento,
Nosso canto de dor sobe da terra
É a semente fecunda que o vento
Espalha pelo campo e pela serra.
Eeei!
A bandeira que adoramos
Não pode ser manchada
Com o sangue de uma raça
Presa ao cabo da enxada.
Não queremos viver na escravidão
Nem deixar o campo onde nascemos
Pela terra, pela paz e pelo pão.
Companheiros, unidos venceremos.
Eeei!
A bandeira que adoramos ...
Hoje somos milhões de oprimidos
Sob o peso terrível do cambão
Lutando nós seremos redimidos
A Reforma Agrária é a salvação.
Eeei!
A bandeira que adoramos ...
Nossas mãos têm calos de verdade
Atestando o trabalho honrado e duro
Nossas mãos procuram a liberdade
E a glória do Brasil para o futuro
Eeei!
A bandeira que adoramos ...
A bandeira do meu partido É vermelha de um sonho antigo Cor da hora que se levanta Levanta agora, levanta aurora!
Leva a esperança, minha bandeira, Tu és criança a vida inteira Toda vermelha, sem uma listra Minha bandeira que é socialista!
Estandarte puro da nova era Que todo mundo espera, espera Coração lindo, no céu flutuando Te amo sorrindo, te amo cantando!
Mas a bandeira do meu Partido Vem entrelaçada com outra bandeira A mais bela, a primeira, Verde-amarela, a bandeira brasileira.