Ai, ai, meu JK,
Brasília é o futuro
E eu preciso ir pra lá (bis)
Eu sou o José, o irmão da Emília
E quero trabalhar lá em Brasília
No Palácio da Alvorada, todo cheio de esplendor
Brasília é um sonho encantador
Parabéns, meu presidente,
Do José e da Emília
Vamos já, já,
Para Brasília.
(Fala)
- Atenção pessoal, muita atenção. Vai usar da palavra, o maior o candidato do sertão: João Cotó!
- É o maior! - Uh! Uh! Trabalhadores do sertão! Eu vos prometo casa, comida, e baião. Linforme novo, blusa de brim, chapéu e uma cadeira cativa no céu, tá bom! - Tá... - Então haja animação!
Meu patrão eu voto Eu sou inleitor Meu patrão eu voto Voto no senhor } bis
Eu voto por muito pouco Digo agora pro senhor Grito inté ficar rouco Já ganhou, já ganhou Quero roupa, quero sapato
Paletó lascado atrás Camisa fina de fato Tarei pedindo demais? Tarei? Tô não
Meu voto num vale tanto Mas é todo do senhor E com ele eu lhe agaranto Já ganhou! Já ganhou! Mas parece que há um quê É as leis inleitorá Quando não conhece o ABC Será que pode votá?
Porque se puder Porque se puder Aí meu patrão Se puder, atolo o pé E voto meu patrão, Eu voto. (bis)
Comunico, meus amigos, que eu vou me candidatar
Pois concorro a um cargo, desta vez vou legislar
Já tenho um programa de alcance nacional
Em cada escola de samba eu tenho um cabo eleitoral
Se eu for eleito, ordeno a abertura do cassino
Precisamos de divisas e incentivo ao turismo
Farei uma curriola entre os membros do Senado
Regulando o divórcio, pois o papai está enrascado
Para assimilação do imigrante estrangeiro
Vou obrigar a todos eles a aprender tocar pandeiro
Amparar as profissões de boêmio e de sambista
Vou isentar de todo imposto a quem for malabarista
Para dar mais incentivo à indústria nacional
Vou pedir aos meus amigos da coluna social
Para fazer com que o grã-fino que sem a moda não passa
Ao entrar numa boate peça um gole de cachaça
Mas se houver uma surpresa e o papai for derrotado
Apelo para a ignorância e dou um golpe de Estado
– Se o Lott me deixar e se o Lacerda me ajudar.